Catadora de recicláveis que sofre epilepsia lamenta furto de carreta usada para trabalhar
A carreta de uma catadora de materiais recicláveis foi furtada em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Magda Santos, de 38 anos, contou ao g1, nesta sexta-feira (7), que está muito triste por conta do furto da ‘carretinha’. O veículo é utilizado por ela para trabalhar, desde o início da pandemia da Covid-19, e complementar a renda reforçar a renda para cuidar dos três filhos.
O veículo estava estacionado em frente à casa de Magda, na Rua Olhete, no bairro Jardim Melvi, e foi roubado. O crime foi flagrado por uma câmera de segurança, na madrugada da última terça-feira (4). Nas imagens, é possível ver um carro guinchando a carreta.
Carretinha foi furtada e guinchada em Praia Grande, na madrugada do dia 4 de outubro — Foto: Reprodução/PG no Grau
“A gente trabalha tanto, para chegar um ‘bonito’ na porta da casa da gente e levar a carreta. Dá tristeza, é o trabalho da gente. Dói como se tivessem levado uma pessoa de dentro de casa. Estou sem trabalhar desde quando levaram a carretinha, já estou passando aperto em casa”, desabafou Magda.
A catadora afirmou ao g1 que sofre de epilepsia, motivo que a impede de trabalhar formalmente e pelo qual recebe o benefício da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Por isso, ela precisou começar a trabalhar com reciclagem durante a pandemia do coronavírus.
“As coisas foram ficando mais caras, eu tive que ‘catar’ reciclagem. Eu recebo o LOAS, mas tenho três filhos e só o auxílio era pouco, pois o pai dos meus filhos também está desempregado. Eu tenho epilepsia e não posso trabalhar registrado, por conta da minha convulsão”, explicou.
Após perceber o furto, Magda registrou um boletim de ocorrência no Distrito Policial de Praia Grande, e aguarda pelas investigações da Polícia Civil.
Publicar comentários (0)