De acordo com a Defesa Civil do Estado, as chuvas atingiram a região nesta segunda-feira (8). Nas imagens, obtidas pelo g1, é possível ver as fortes rajadas de vento durante o temporal e o acumulado de granizo após a tempestade (veja acima).
O instrutor de autoescola Jonas Furquim, de 55 anos, contou que estava na casa da mãe dele quando a tempestade começou em Apiaí. Ao chegar na residência dele, Furquim se deparou com o impacto causado pelas chuvas.
“Caiu granizo em toda cidade praticamente. A minha casa encheu de água, caiu muito granizo e acabou furando a telha. Quando consegui ir para minha casa, estava toda alagada por dentro. Foi uma chuva bastante forte.”, conta.
Tempestade com chuvas de granizo atingiram cidades do Vale do Ribeira na última segunda-feira (8). — Foto: Reprodução/Portal Rodonews
Além disso, ele relatou que as chuvas vieram acompanhadas por fortes rajadas de ventos. “Os ventos foram terríveis. Eles vinham arrastando tudo, as copas das árvores ficavam quase que encostadas no chão”, disse.
Segundo a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compec), as chuvas causaram danos em telhados de algumas residências em Apiaí. Em duas delas, as famílias tiveram de ser removidas. Uma foi conduzida para um hotel e a outra ficou acolhida na casa de parentes.
O município Itaóca também foi atingido por uma chuva com granizo que perdurou por, aproximadamente, 10 minutos. Entretanto, a Defesa Civil não registrou registro de ocorrências.
Em ambas as cidades, as precipitações ocorreram de forma isolada e com curta duração. No total, foram registrados 12 mm de chuva em Itaóca e 28 mm em Apiaí. Além disso, foram registradas rajadas de ventos de até 70 km/h na região.
Tempestade com chuvas de granizo atingem município de Apiaí — Foto: Arquivo Pessoal/Jonas Furquim
Ao g1, o meteorologista da Defesa Civil Estadual, William Minhoto, revelou que as precipitações estavam previstas na região pela Defesa Civil e são comuns no verão, especificamente no período da tarde.
“Durante o período vespertino, o sol gera o calor. Esse calor, somado com a umidade do oceano, criou uma energia suficiente para formar nuvens de tempestade. No decorrer dessa formação, como tinha bastante energia na atmosfera, acabou criando nuvens mais espessas, que geraram até queda de granizo”, revela.
Ainda de acordo com ele, a formação das ‘nuvens de tempestade’ neste período é impulsionada pela passagem do El Ninõ. Neste período, o fenômeno provoca uma instabilidade na atmosfera da região, provocando pancadas mais fortes. “Estamos bem no pico da atividade do fenômeno no Estado ”, disse.
De acordo com a Defesa Civil, a previsão é que a influência do El Ninõ nas precipitações do Estado de São Paulo seja mantida até abril. “A partir de maio, a gente já começa a ficar um pouco mais tranquilo. O El Ninõ já perde um pouco da força dele”.
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