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Cirurgião plástico britânico conta como entrou em Gaza para ajudar feridos: ‘Sabia das consequências catastróficas’

today16 de outubro de 2023 11

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“Eu sabia que as consequências iam ser catastróficas para o povo daqui”, relata.

“O maior hospital de Gaza virou um campo de refugiados. As pessoas vão se abrigar ali, em busca de um lugar que elas acham seguro”, continua Ghassan.

Na última quinta-feira (12), o médico se deslocou do maior hospital da região, o Al Shifa, para o hospital Al Awda, onde atuam os Médicos Sem Fronteiras.



“Vim de carona numa ambulância que estava voltando para cá, depois de levar um paciente para lá. No caminho, eu ia vendo fileiras e fileiras de casas destruídas”, explica.

A falta de energia elétrica é outro drama vivido pela população em Gaza. A única central de energia parou de funcionar na quarta-feira e a região, agora, depende de energia solar e geradores abastecidos com diesel.

“Está ouvindo esse barulho atrás de mim? São os geradores do hospital. Fizemos nossa última cirurgia e daqui a pouco vai apagar tudo, para economizar diesel. A água é de caminhões-pipa. E, como você pode ouvir, tudo em volta está sendo bombardeado”, relata o cirurgião Ghassan.

Médico em Gaza relata problemas com falta de energia elétrica

Médico em Gaza relata problemas com falta de energia elétrica

De tanto operar em Gaza, o médico se especializou em situações de guerra. Ele conta que entre os casos mais recentes, o que mais marcou foi de uma família atingida.

“No hospital Al-Shifa fiz a reconstrução da face de uma menina de seis anos. Ela se salvou. mas a mãe e a irmã morreram quando a casa delas foi atingida. A mãe e o pai são médicos do hospital. O pai está viajando a trabalho. Na melhor das hipóteses, essa menina ainda vai passar por muitas cirurgias na face ao logo da vida”, relata.

Das últimas notícias vindas do conflito neste domingo (15), apontam que o doutor Ghassan continua com as cirurgias, mas a cada dia com menos recursos.

Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:

'No momento, quem come ovo frito é como se fosse a um restaurante de cinco estrela', diz morador de Gaza que viveu 16 anos no Brasil

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Por: G1

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