Momentos antes dos tiros serem disparados, o sujeito podia ser visto logo atrás de Abe (à direita do ex-primeiro-ministro, vestindo uma camisa cinza e calça marrom). — Foto: EPA via BBC
O assassinato do ex-primeiro ministro japonês Shinzo Abe durante um ato político na últimas sexta-feira (8), deixou os japoneses consternados. No Brasil, membros da colônia japonesa na Baixada Santista lamentaram o crime, sobretudo pelo fato de o povo nipônico ser considerado pacífico e restringir o acesso a armas de fogo no Japão.
O jornalista e ex-bolsista do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, Matheus Misumoto, acredita que os protocolos de segurança deverão ser discutidos. “O país é considerado um dos mais seguros do mundo. A morte de Shinzo Abe tem um impacto muito grande, não só pela importância dele, mas porque o acesso à armas de fogo no Japão é muito restrito”, afirma.
Jornalista Matheus Misumoto, que trabalhou no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, lamentou o assassinato do ex-primeiro ministro japonês — Foto: Reprodução/Instagram
“Mas credito que o povo japonês continuará sendo um povo pacifista”, salientou Misumoto, que é sansei (terceira geração). Ele contou que esteve no Japão em 2017, onde aprendeu sobre diplomacia e cultura japonesa.
Misumoto lembrou que, quando Abe visitou São Paulo, em 2014, e apresentou um programa sobre a diplomacia japonesa que serviu de exemplo a países da América Latina e Caribe. “Estimulou programas de intercâmbio”, salientou.
Presidente da Associação Japonesa de Santos, o ex-vereador Sadao Nakai reforçou o pesar pela morte violenta de Shinzo Abe. “A diretoria enviou condolências ao Consulado Japonês de São Paulo e para a família do ex-primeiro ministro, nossos votos de pesar”, afirmou.
“Pessoalmente, estou assustado pelo que aconteceu. Foi surpreendente ver um assassinato de um Líder Político Japonês da forma como ocorreu, no palanque e no meio do povo. É muito triste ver o ódio ganhar força a ponto de tirar a vida de um homem público”, complementou Nakai.
Sadao Nakai se mostrou surpreso pelo assassinato da forma violenta e na frente do povo — Foto: Alexsander Ferraz/Acervo A Tribuna
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