Com jogos no horário do expediente, cariocas aderem à Copa da ‘olhadinha’

“Esse lugar aqui está especial porque dá para vender e ver o jogo. Tá camarote”, divertia-se o camelô Edmílson Rodrigues, de 37 anos, com sua banca de relógios em frente a uma banca de jornal na Uruguaiana – importante centro de comércio popular do Rio de Janeiro.

O camarote de Edmílson foi um oferecimento de Iago de Souza, da Banca de Jornal AeK. Foi ele quem convenceu o patrão a trazer a TV de casa para a galera ver os jogos.

“Durante a semana não tem como, tem que trabalhar. Aí o patrão fortaleceu. Mas quinta-feira, vai parar tudo no jogo do Brasil”, disse antes de fazer seus palpites pra Copa.

“Hoje tem que dar Austrália para ficar só molezinha para o Brasil. Que me desculpe o Mbappé, mas hoje sou Austrália desde de criancinha” , brincou, antes da equipe europeia deslanchar no placar no segundo tempo.

Outro que parou para dar uma olhadinha no placar foi Fernando Pereira da Silva, de 59 anos. O bombeiro hidráulico, que toca aos fins de semana na Feira de São Cristóvão, foi ao Centro do Rio comprar instrumentos e parou em uma lanchonete para conferir o jogo de França e Austrália.

“Vou torcer pelo melhor para o Brasil lá na frente, acho que seria a Austrália. Mas hoje em dia, o futebol está bem nivelado. Não viu o que aconteceu com a Argentina?”, concluiu o nosso comentarista da olhadinha, se referindo à derrota dos “hermanos” para a Arábia Saudita na manhã desta terça.