Na manhã de segunda-feira (10), ele foi assassinado na cidade de Krasnodar, na Rússia, quando estava correndo –ele tomou quatro tiros no peito e morreu na hora. Os assassinos podem ter recebido informação do próprio comandante militar.
Rzhitsky usava o aplicativo de esportes Strava, que publica informações detalhadas da localização do usuário que está correndo e quanto tempo ele demora para completar um circuito.
Um canal de informação russo no Telegram, o Baza, afirma que Rzhitsky publicava regularmente suas corridas no Strava, com detalhes da rota que ele seguia (quase sempre a mesma), a distância, o ritmo de corrida e o tempo total de exercício.
Imagem do Strava mostra atividade esportiva de comandante russo que foi assassinado — Foto: Reprodução/Strava
Segundo a agência de notícias Reuters, o Baza é um canal de comunicação que tem fontes entre os serviços de segurança da Rússia.
A Rússia acusa a Ucrânia do assassinato, mas os ucranianos negam qualquer envolvimento e insinuam que o comandante era um alvo de russos dissidentes.
Quem era o comandante que usava Strava
Segundo os veículos de comunicação estatais da Rússia e os blogueiros que cobrem a guerra, Rzhitsky era o vice-líder de mobilização militar na cidade de Krasnodar e ele já tinha comandado um submarino no Mar Negro.
Segundo o Ministério de Defesa da Rússia, o submarino que ele comandava era movido a diesel e construído para entrar em combate com navios e outros submarinos, além de conduzir operações de reconhecimento e instalar minas explosivas.
Em um canal de Telegram de apoiadores da Ucrânia, afirma-se sem evidências que Rzhitsky era suspeito de estar ligado a um ataque à Ucrânia, feito a partir de um submarino, que matou pelo menos 23 pessoas em julho de 2022.
Os ucranianos têm um site chamado Myrotvorets (Pacificador) que publica uma lista de inimigos da Ucrânia (oficialmente, esse site não é ligado ao governo da Ucrânia). Alguns dados de Rzhitsky apareciam nesse site. Nesta terça-feira, aparece a palavra “liquidado” em letras vermelhas no perfil de Rzhitsky.
Pelo menos duas outras pessoas estava no site já foram assassinadas em solo russo desde o começo da guerra:
- A jornalista Darya Dugina, em agosto de 2022;
- O blogueiro pró-guerra Vladlen Tatarsky, em abril de 2023.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
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