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Na noite de sábado, a Copa anunciou em seu site a suspensão de voos com 21 aeronaves Boeing 737 Max 9 para inspeção, de forma a atender uma determinação da agência federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês). A medida não atinge todas as aeronaves desse modelo: a Copa tem 29 Boeings 737 Max 9, de acordo com o site Airfleets.
Aviso na página da Copa em português — Foto: Reprodução
Segundo a FAA, são obrigados a passar por inspeção “imediata” 171 aeronaves Boeing 737 Max 9 de companhias aéreas americanas ou estrangeiras que operem nos Estados Unidos e têm o chamado tampão de porta (“door plug”, em inglês). A Copa parou 21 dos 29 Boeings 737 Max 9 –os outros oito seguem voando, inclusive dentro do Brasil e dos Estados Unidos.
A Copa é a única empresa a operar Boeings 737 Max 9 no Brasil. Nenhuma companhia aérea brasileira tem esse tipo de aeronave; a Gol usa Boeings 737 Max 8 —menores que os Max 9 e não impactados pela decisão da FAA.
Porta abre em voo, e avião faz pouso de emergência nos EUA
Em razão de a porta “falsa” ter sido ejetada, o avião da Alaska Airlines sofreu uma despressurização em voo quando estava em procedimento de subida, a 4.975 metros de altitude, e teve que fazer um pouso de emergência em Portland —cerca de 20 minutos depois de ter decolado do mesmo aeroporto. Havia 171 passageiros e seis tripulantes a bordo. A porta “falsa” estava ao lado de um assento vazio. Ninguém se feriu.
Ao justificar a suspensão, a FAA apontou o risco de outras aeronaves terem problemas na porta “falsa”, o que classificou de “condição insegura”.
Apontou ainda que a perda de porta de voo, caso se repetisse, poderia resultar em “ferimentos aos passageiros e tripulação, impacto da porta no avião e/ou perda de controle do avião” (veja abaixo fac-simile da determinação).
Trecho de norma da FAA que fala de risco aos passageiros, à tripulação e ao risco de perda de controle da aeronave — Foto: Reprodução
A inspeção nos Boeing 737 Max 9 leva de quatro a oito horas, segundo a FAA. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB) investiga o incidente.
As companhias aéreas brasileiras não adotam o Boeing 737 Max 9.
Avião fez pouso de emergência após porta abrir durante voo, nos EUA, em 6 de janeiro de 2024 — Foto: Redes sociais
O problema no voo da Alaska ocorreu em uma porta desativada na parte traseira do Boeing 737 Max 9.
Essa porta extra existe em todo 737 Max 9 para atender aos requisitos de evacuação de passageiros em caso de emergência —mas não necessariamente está apta a funcionar. A porta é adotada como saída de emergência por companhias aéreas que usam a configuração máxima do Max 9, com 220 passageiros.
No caso da Alaska Airlines, há menos assentos: 178, segundo o site da companhia. Na prática, o voo tem menos passageiros a bordo, o que dispensa usar essa saída de emergência —e ela então fica bloqueada. Só por fora é possível perceber se tratar de uma porta; do lado de dentro, ela se assemelha a uma janela.
Por: G1
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