Costa Filho, que assumiu a pasta de Portos e Aeroportos, afirmou ter o “desejo” de trabalhar pela “não privatização” do Porto de Santos, o maior da América do Sul.
Já André Fufuca afirmou que terá “desafios” à frente do Ministério do Esporte e disse que a qualidade do esporte no Brasil é “quase zero”.
Lula deu posse aos novos ministros em uma cerimônia fechada à imprensa. Márcio França, que era o titular de Portos e Aeroportos, assumiu a nova pasta do Empreendedorismo. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participou do evento.
Na entrevista, Silvio Costa Filho afirmou que a ideia é não desestatizar o porto localizado no litoral de São Paulo, mas que conversará com o setor produtivo sobre o tema.
“O Porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização, mas vamos dialogar com o setor produtivo”, declarou o novo ministro.
O novo ministro disse que conversará com os gestores do porto, com os trabalhadores e com as empresas que atuam no local. Ele lembrou que o Novo PAC prevê a construção de um túnel entre Santos e Guarujá.
O presidente Lula é contra a privatização do porto, mesma posição do ex-ministro de Portos Aeroportos Márcio França, que nesta quarta tomou posse no novo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
A pasta chefiada por França foi criada em um arranjo feito por Lula para levar para o governo o Republicanos e o PP – partidos do Centrão que apoiaram o governo Bolsonaro e fizeram parte da coligação do ex-presidente na eleição de 2022, vencida por Lula.
Na entrevista que concedeu nesta quarta, Silvio Costa Filho também afirmou que pretende lançar em breve o programa Voa Brasil, idealizado por Márcio França, que terá o objetivo de baratear passagens aéreas para alguns grupos de pessoas, como aposentados.
“Hoje à noite, já temos reunião com ministros Minas e Energia e Turismo para trabalhar com companhias aéreas para buscar redução dos preços das passagens. Importante para aposentados, o Voa Brasil é um projeto que em breve queremos apresentar”, concluiu.
André Fufuca exibe termo de posse como ministro do Esporte, em cerimônia fechada no Palácio do Planalto. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participou do evento — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Qualidade ‘quase zero’ do Esporte
Ao lado de Silvio Costa Filho e Márcio França, André Fufuca também conversou com jornalistas. Ele afirmou que terá um “duplo desafio” à frente do Ministério do Esporte.
“Primeiro desafio que tenho é o de assumir o Ministério do Esporte, à frente da ministra Ana Moser, uma pessoa que dispensa apresentações, um personagem histórico do esporte nacional e que eu tenho certeza de que terei de me desdobrar muito para poder fazer com que seus sonhos, seu trabalho e suas realizações se perpetuem”, declarou.
A demissão da medalhista olímpica Ana Moser, que não é filiada a partido político, foi definida para permitir a entrada dos novos ministros do Centrão no governo.
Na sequência, o novo ministro afirmou que o país precisa “avançar” no desenvolvimento do esporte.
“Não podemos falar de uma revolução esportiva no momento em que temos um esporte de qualidade quase zero no país. Temos muito a avançar, muito a crescer. E tenham certeza de que aqui tem um jovem com disposição, com vontade de trabalhar e humildade para que possa crescer junto com todos o esporte nacional brasileiro”, declarou Fufuca.
Deslocado de Portos e Aeroportos para o Ministério do Empreendedorismo, Márcio França afirmou que ainda não está definida a estrutura final da pasta recém-criada.
França se confundiu ao citar o nome da pasta que assumiu, que foi batizada de Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
“No final acho que nem entrou micro, entrou pequenas e médias empresas. O presidente relembrou que essas empresas hoje têm mais de 50% do PIB, que têm muita dificuldade para financiamento, que as pessoas não têm onde recorrer”, disse.
Segundo França, ainda será definido se o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) será transferido para a nova pasta ou se permanecerá no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
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