Durante 20 anos a Coreia do Norte ocupou o primeiro lugar da Lista Mundial da Perseguição. Mas em 2022 o país passou para a segunda posição, isso não porque as coisas melhoraram, mas sim porque a situação no Afeganistão piorou. A situação não melhorou no país onde qualquer cristão corre o risco imediato de prisão, tortura e morte. Estima-se que 50 a 70 mil cristãos estão nas prisões e em campos de trabalho forçado. Familiares dos seguidores de Jesus costumam ter o mesmo destino dos capturados, porque são considerados um perigo para o país governado pela família Kim. Todas as igrejas são pequenas e secretas.
Quando os cristãos têm filhos, precisam viver a fé em segredo para que a criança não conte a outras pessoas. Não é possível confiar em vizinhos e familiares, pois qualquer pessoa pode denunciar a fé em Jesus para as autoridades. A vida dos cristãos na Coreia do Norte é uma pressão constante que pode resultar em violência e morte.
Uma prova de como os cristãos norte-coreanos são perseguidos sem piedade são histórias como a de Grace (pseudônimo).
Quando tinha seis anos, ela descobriu que a avó era cristã e se escondia no quintal para evitar que alguém a visse orando. Isso era necessário já que se alguém é pego orando a Deus é levado a uma prisão política para interrogatório. No período da Grande Fome, os pais de Grace fugiram para a China, enquanto ela e o irmão ficaram na casa de um tio.
Por conta das dificuldades enfrentadas, Grace foi levada para um campo com duas mil crianças e jovens presos. Em meio aos muitos sofrimentos, a jovem orava para que Deus a salvasse da dor que vivia. Após algumas semanas ela conseguiu fugir e o pai, que havia voltado à Coreia do Norte em busca dos filhos, a encontrou.
Fuga para a China
Grace, o pai e o irmão atravessaram o rio que faz fronteira com a China e conseguiram finalmente chegar à casa de uma tia. No país vizinho, a família frequentava a igreja e todos oravam a Deus, como a avó.
Porém certo dia, eles foram denunciados e a polícia apareceu. Grace, os pais dela e o irmão de 13 anos foram presos e tratados como delinquentes. As torturas ocorriam das mais diversas formas, mas eram tão intensas a ponto de a mãe dela ser jogada inconsciente na frente da cela da jovem e ela não reconhecer a mãe devido a tamanha tortura e agressão.
Publicar comentários (0)