Mais de 600 cristãos permaneceram desalojados no Natal em Chhattisgarh, na Índia, uma semana depois que radicais hindus lançaram uma série de ataques contra eles em 20 aldeias, vandalizando suas casas, igrejas e propriedades por se recusarem a voltarem ao hinduísmo.
Desta forma, a organização International Christian Concern (ICC) informou que os ataques ocorreram no domingo em 20 vilarejos nos distritos de Narayanpur e Kondagaon enquanto os cristãos se reuniam para o culto.
Sendo assim, os agressores usaram bastões de bambu para atacar os cristãos e saquearam e destruíram suas casas e igrejas. Várias pessoas foram gravemente feridas e hospitalizadas, enquanto outras fugiram para a floresta ou para as delegacias de polícia próximas.
Nesse sentido, os cristãos relataram os ataques às autoridades, mas a polícia supostamente lhes disse para se defenderem. Alguns dos cristãos deslocados estão sendo mantidos em salões comunitários e em um estádio na região.
“As crianças pequenas e as mulheres com suas famílias estavam sentadas em lugares abertos e frios, sem comida ou água, aquecendo suas mãos com o fôlego”, disse uma testemunha, segundo The Christian Post.
Assim, os ataques contra os cristãos tribais aumentaram desde que grupos hindus radicais lançaram uma campanha em 2020 para impedir que o povo, tribal ou indígena, do país se convertesse ao cristianismo.
Portanto, estes grupos têm exigido que o governo proíba aqueles que se convertem de receber educação e oportunidades de emprego.
“A perseguição cristã disparou na Índia desde que o primeiro ministro Narendra Modi e seu BJP (Partido Bharatiya Janta) tomou o poder em 2014. Com o objetivo de estabelecer a Índia como uma nação hindu, eles aprovaram leis e aplicaram políticas voltadas para os cristãos”, disse o presidente da ICC, Jeff King.
Segundo ele, os ataques desta semana são o resultado desta hostilidade global para com os seguidores de Cristo, e tem criado um clima cada vez mais perigoso para os crentes indianos.
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