Oito milhões de cubanos maiores de 16 anos são convocados para votar nos 470 candidatos a deputados – 263 mulheres e 207 homens – para a Assembleia Nacional do Poder Popular. A maioria dos candidatos pertence ao Partido Comunista de Cuba (PCC), o único partido legal da ilha.
Os 23.600 locais de voto abriram às 07h00 locais (08h00 no horário de Brasília) e encerram às 18h00 (19h00 em Brasília).
Em Cuba (11,1 milhões de habitantes), onde os partidos de oposição são proibidos, o voto não é obrigatório.
Os eleitores encontrarão duas opções na cédula: o nome de cada candidato de seu distrito ou a opção de votar “por todos”, o que implica apoiar o 470.
O “voto por todos” é um sufrágio unificado para reafirmar o “socialismo” e a “revolução”, dizem as autoridades. Mas também ajudaria os candidatos a alcançarem mais de 50% dos votos válidos no dia, requisito para serem eleitos.
As votações legislativas fazem parte de um processo que culminará este ano com a eleição do presidente da República, na qual poderá ser reeleito o presidente Miguel Díaz-Canel, de 62 anos, o primeiro a liderar o país depois de Fidel Castro e seu irmão Raul.
Entre os candidatos estão Díaz-Canel e o aposentado Raúl Castro.
A votação ocorre no momento em que Cuba enfrenta a pior crise econômica em três décadas, com inflação galopante, uma onda migratória sem precedentes, causada pelos efeitos da pandemia e do embargo econômico dos Estados Unidos, além de fragilidades estruturais do país.
A participação eleitoral caiu nos últimos anos para os níveis mais baixos desde a entrada em vigor do atual sistema eleitoral de 1976.
Nas eleições municipais de novembro, a abstenção foi de 68,5%, inferior à dos referendos ao Código da Família (74,12%), em setembro, e à Constituição (90,15%), em 2019.
Os candidatos, liderados por Díaz-Canel, realizaram uma inusitada e intensa campanha de proselitismo nas últimas semanas para ouvir as demandas da população.
Sem oposição autorizada, os apelos à abstenção concentraram-se nas redes sociais.
“Não faça parte desta farsa. Expulse os usurpadores do poder. Não vá votar no domingo”, publicou a conta no Twitter “Cuba diz não à ditadura”.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)