“Com mais de 90% das atas válidas em nível nacional (…) dados que, no Conselho Nacional Eleitoral, consideramos irreversíveis, virtualmente o Equador tem como presidente Daniel Noboa”, anunciou a chefe da autoridade eleitoral, Diana Atamaint.
Mais cedo, por causa da onda de violência no Equador (leia mais abaixo), Noboa foi votar utilizando um colete à prova de balas.
O vencedor receberá as credenciais para governar em 30 de novembro, conforme o cronograma do órgão de governo eleitoral.
Antes do fim da apuração nas urnas, González admitiu a derrota e parabenizou Noboa pela vitória. “Ao candidato, agora presidente eleito, Daniel Noboa, nossas felicitações profundas, porque isso é democracia”, disse a candidata, rodeada de apoiadores em Quito.
Daniel Noboa, candidato à presidência do Equador, em agosto de 2023. — Foto: Reprodução/Instagram @danielnoboaok
Ex-deputado e empresário, tem 36 anos. Na Assembleia, foi presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, que tramitou diversos projetos de lei nas áreas econômica, tributária e de investimentos.
Noboa é filho de um dos maiores empresários do país e ex-candidato presidencial Álvaro Noboa.
Ele concentrou sua campanha na criação de empregos, incentivos fiscais para novos negócios e sentenças de prisão para sonegadores graves de impostos
Noboa, que é casado e tem dois filhos, estudou em universidades nos Estados Unidos e começou a trabalhar na empresa de sua família, a Corporacion Noboa, ainda jovem.
Equador vive onda de violência
Militares acompanham o caixão de Fernando Villavicencio, morto após comício político no Equador — Foto: Henry Romero/Reuters
Um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas reivindicou autoria, mas a Promotoria do país continua investigando o caso, que colocou a violência sem precedentes na história recente do país sob os holofotes do mundo inteiro.
Christian Zurita, que substituiu a candidatura de Villavicencio, compareceu à seção eleitoral com forte esquema de segurança, usando um capacete e colete de proteção.
Por que o Equador está votando em eleições antecipadas?
O atual presidente do país, Guillermo Lasso, enfrentava um processo de impeachment, o primeiro na história recente do Equador. Com uma base frágil no Legislativo, ele resolveu dissolver o Congresso e convocar novas eleições. A dissolução da Assembleia Nacional e convocação de novas eleições presidenciais chama-se morte cruzada.
Lasso tinha sido eleito em abril de 2021, e o partido dele havia conquistado 12 cadeiras no Parlamento. O correísmo, a principal força de esquerda no país, tinha 48 deputados.
Ele até poderia se candidatar nas eleições que ele mesmo antecipou, mas preferiu ficar de fora.
Publicar comentários (0)