Segundo o Dr. Rolim, “os delegados contam com uma minuciosa preparação na Academia de Polícia; os juízes, na Escola da Magistratura; os promotores, na Escola Superior do Ministério Públicos; e os advogados contam com a sorte e amadurecimento adquirido única e exclusivamente através das mais árduas experiências ao longo da carreira”.
Ao relembrar sua trajetória, o profissional enfatiza a importância de adquirir o máximo de experiência possível em estágios com especialistas de destaque. Foi o que ele fez ao ingressar na equipe do Dr. Marcelo Cruz, renomado criminalista no Estado de São Paulo. “Atuar em casos de alta complexidade foi fundamental para o aprimoramento técnico e prático na advocacia criminal”, defende.
Equipe técnica do Dr. Rolim tem cinco advogados, com especialidades diferentes e complementares dentro do Direito Penal — Foto: Divulgação
Transição para a autonomia
O caminho orgânico para um profissional liberal bem-sucedido passa pela universidade, a experiência em equipes renomadas e, finalmente, pela abertura de um escritório independente. O início desse voo solo é repleto de desafios, como relembra o Dr. Octavio: “a escassez de clientes e colocação no mercado talvez tenham sido as mais preponderantes naquele momento”, conta.
Ele destaca a transição de advogado integrante de uma equipe para empresário lidando não apenas com a técnica, mas também com responsabilidades gerenciais e administrativas. Sua resposta para superar essa circunstância é ter “resiliência independente das adversidades, persistência e consistência naquilo que acreditamos que irá gerar resultados”.
Sobre as habilidades essenciais para advogados criminais iniciantes, ele vê a empatia como a principal. “Considero a empatia uma peça fundamental no exercício da nossa profissão. Lidamos com vidas, com a liberdade, com tristezas e angústias que devem ser absorvidas e mutadas em esperança (sempre pautados pela verdade e reais probabilidades, evidentemente). Isso irá fazer resplandecer a confiança, que deve ser mútua entre advogado e cliente, principal elo de ligação nessa relação. Afinal, muitas vezes somos os únicos que ainda se prestam, com sinceridade, a dar ouvidos àqueles que passam pelo amargo dissabor de figurar como réu em um processo penal”. Dr. Rolim pontua a verdadeira nobreza da advocacia, ao relembrar uma frase de Francesco Carnelutti: “A essência, a dificuldade, a nobreza da advocacia é esta: sentar-se sobre o último degrau, ao lado do acusado, quando todos o apontam. Postar-se ao lado do forte, sob às luzes do holofote é cômodo’’.
Na construção da reputação na área criminal, ele destaca a ética, a constante busca por aprimoramento técnico e pessoal, além de uma boa apresentação. Para evitar erros comuns, especialmente no início da carreira, Dr. Rolim alerta sobre a necessidade de respeitar o tempo de maturação na profissão e não flexibilizar o valor profissional por necessidades temporárias.
Se destacar na área criminal exige preparo para oportunidades, dedicação máxima nas demandas assumidas, bom networking e o uso eficaz das redes sociais em favor da advocacia. Ainda sobre cultivar bons relacionamentos no âmbito profissional, ele afirma: “Tenho para mim que todo lugar pode ser palco para um bom networking. Por isso, recomendo que o advogado se posicione sempre com autoridade e efetivamente como um profissional altamente capacitado, onde quer que esteja”.
Quanto às mudanças, inovações e tendências na profissão, Rolim destaca o avanço da Inteligência Artificial no campo penal, alertando aos novos advogados para manterem a atenção aos crimes virtuais e às novas modalidades, como os relacionados a produtos financeiros digitais e criptoativos. “Por mais tradicional que seja a Justiça Criminal e mais delicada a efetiva implementação da Inteligência Artificial em âmbito penal, a agilidade nos avanços tecnológicos nos levam a crer que a IA (já existente, ainda que de maneira tímida) ganhará força e cada vez mais espaço”, conclui.
Octávio Rolim Advogados Associados – OAB 428.811/SP
Escritório com Atuação Especializada na Área Criminal
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