Tanque do exército em rua de Quito, no Equador — Foto: Rodrigo BUENDIA / AFP
Nascido no Rio Grande do Sul, o diretor, que preferiu não ter a identidade divulgada, morou em Cuiabá, onde atuava como pastor. Ele se mudou para o país vizinho há cerca de um ano e afirmou que, desde então, presencia uma onda de violência no país.
“A situação está acontecendo há bastante tempo, mas não nessa intensidade. Já ocorreram outros episódios quando o novo presidente assumiu, mas agora estamos vendo ataques mais frequentes, tanto que há duas noites explodiram carros, colocaram fogo em postos de gasolina e saquearam mercados. O vandalismo está sendo coordenado pelos chefes do tráfico”, relatou.
Por medo, o homem afirma que ele e a esposa evitam sair de casa. No momento, segundo o diretor, se locomove apenas por necessidade.
“A gente tem que trabalhar, mas temos medo. A situação é muito delicada. Fui ao mercado e está cheio de policiais, coisa que não acontecia antes. Fui fazer um exame e tinha um corpo na rua. O medo é tanto que eu não saio à noite e nem como fora de casa. No máximo, estou indo ao mercado, banco e farmácia, mas sempre acompanhado. Não sabemos o que esperar, tudo pode acontecer.”, disse.
Equador amanhece com ruas vazias após aumento da violência por toque de recolher
Mudanças de caminho e atenção redobrada foram algumas medidas adotadas pelo casal para evitar ser vítima dos criminosos. “Sempre que vou entrar no carro, olho para ver se não tem ninguém por perto, faço caminhos diferentes para chegar aos lugares que preciso ir. Fico colado no volante e sempre olhando o retrovisor”.
Governo do país reconheceu que vive-se uma situação de conflito armado interno
Entenda onda de violência
*Sob supervisão de Kessillen Lopes
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