Os documentos foram encontrados por advogados de Biden em novembro passado em um escritório do think tank Centro Penn Biden para Diplomacia e Engajamento Global, em Washington D.C. Biden, que foi vice de Barack Obama entre 2009 e 2017, usou o escritório periodicamente de meados de 2017 até o início de sua campanha presidencial em 2020. O think tank é afiliado à Universidade da Pensilvânia, onde Biden foi professor honorário entre 2017 e 2019.
Segundo o assessor especial do presidente, Richard Sauber, os documentos foram encontrados quando os advogados pessoais de Biden estavam empacotando arquivos que estavam trancados num armário para desocupar o escritório. Ainda no dia da descoberta, a Casa Branca notificou o Arquivo Nacional, que buscou os papéis na manhã seguinte.
Sauber acrescentou que os documentos não foram solicitados ou pedidos previamente pelo Arquivo. Ele ressaltou ainda que a Casa Branca está cooperando com o Departamento de Justiça e com o Arquivo Nacional – que é encarregado de guardar todos os documentos sigilosos dos governos dos EUA.
Investigação sobre o caso
O Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação sobre o caso. De acordo com o jornal The Washington Post, o FBI também está participando do inquérito.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, solicitou que a procuradoria em Chicago analise os documentos confidenciais que foram entregues ao arquivo. A Casa Branca não informou como os papéis foram parar no escritório, de quantos documentos se trata e nem o grau de confidencialidade deles.
De acordo com a emissora CBS News, entre os papeis havia cerca de dez documentos classificados como confidenciais e nenhum deles continha segredos nucleares.
Por lei, titulares de cargos federais nos EUA devem devolver documentos oficiais e os classificados quando o seu governo termina.
Esse não é o primeiro caso recente de documentos públicos localizados em espaços privados usados por políticos nos EUA. Em outro inquérito, o Departamento de Justiça americano está investigando a maneira com o ex-presidente Donald Trump guardou documentos altamente confidenciais em seu resort na Flórida, depois que ele deixou à presidência.
O FBI realizou uma busca, que foi aprovado pela Justiça em agosto passado, na propriedade de Trump em Mar-a-Lago. Cerca de 100 documentos confidenciais estavam entre os milhares encontrados no local. Entre os registros, segundo a imprensa americana, alguns continham informações sensíveis sobre a China e o Irã, além de segredos nucleares.
Depois do anúncio da Casa Branca nesta segunda, Trump se manifestou nas redes sociais sobre o episódio. “Quando o FBI vai fazer buscas nas várias residências de Joe Biden e talvez até mesmo na Casa Branca?”
Embora lembre o episódio de Trump, a imprensa americana destacou que o caso de Biden tem poucas semelhanças com o do ex-presidente. Os documentos descobertos no escritório usado por Biden foram entregues às autoridades, ao contrário do que aconteceu em Mar-a-Lago, onde foi preciso a intervenção do Departamento de Justiça para que os papéis fossem recuperados.
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G1 Mundo.
Por: G1
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