Foto de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio dos EUA, mostra policiais conversando com apoiadores do então presidente americano, Donald Trump, incluindo Jacob Chansley (à direita), do lado de fora do plenário do Senado — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
Até hoje, dois anos depois de o Capitólio ter sido invadido e vandalizado por uma multidão de seguidores do ex-presidente Donald Trump, o FBI ainda caça e prende participantes do maior ataque antidemocrático a um centro de poder dos EUA. Mais de 950 insurgentes foram acusados de crimes federais e se tornaram réus, resultando em 192 condenações e 484 admissões de culpabilidade.
Vândalos quebram janelas do Palácio do Planalto durante atos criminosos em Brasília — Foto: Sergio Lima/AFP
O Departamento de Justiça foi atrás também de quem não participou da invasão, mas atuou como mentor: os líderes de milícias supremacistas e antigovernamentais. O grupo Oath Keepers foi incensado por Trump num debate eleitoral com Joe Biden. Seu fundador, Stewart Rhodes, e vários companheiros enfrentaram acusações de conspiração sediciosa, com intenção de derrubar o governo.
Ele está sendo julgado pelo mesmo crime, embora não tenha participado do motim por ter sido proibido de entrar em Washington. Os promotores alegam que Tarrio encorajou os seguidores a invadirem o prédio do Congresso para interromper a validação do presidente eleito, Joe Biden.
A investigação sobre este ataque é considerada a maior já empreendida pelo Departamento de Justiça e, segundo o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, está muito longe de terminar.
Mais de duas mil pessoas entraram na sede do Capitólio naquele dia 6 de janeiro. Os que não causaram danos à propriedade ou a pessoas e apenas caminharam por suas instalações estão sujeitos a seis meses de prisão. Agressões a policiais – 250 feridos e três mortos – resultaram em condenações de até 10 anos.
Os policiais, aliás, revelaram-se os verdadeiros heróis do fatídico ataque. Resistiram e tentaram impedir a entrada da multidão enfurecida no prédio e que eles chegassem ao vice-presidente Mike Pence e aos congressistas ameaçados. Não deixaram a turba passar, ao contrário do que se observou neste domingo em Brasília.
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