A estudante de Guarujá (SP) Marcela dos Santos, de 32 anos, e o professor de educação física de Mogi das Cruzes (SP) José Carlos Guimarães, de 35, afirmaram que tiveram um ‘livramento’.
Marcela e José Carlos relembraram da tragédia da Boate Kiss — Foto: Arquivo pessoal
“Estou bem, minha prima [que estava comigo] está bem. Ninguém se feriu, mas foi um susto muito grande. Quando eu vi a plataforma vindo para frente [para tombar], a única coisa que eu lembrava era da boate Kiss. Foi a primeira coisa que veio na minha mente”, contou Marcela.
Segundo Marcela, ela começou a sentir um vento forte no momento em que o Capital Inicial estava atendendo os fãs no camarim e os instrumentos da banda estavam sendo colocados no palco. Ela afirmou que, rapidamente, o palco começou a balançar, duas caixas de som caíram e o telão parecia que partiria ao meio.
Guimarães disse acreditar que as séries lançadas recentemente sobre a tragédia da boate Kiss, em 2013, em Santa Maria (RS), fez o público, que esperava o Capital Inicial, sair do local.
Ele acrescentou, ainda, que, antes do incidente avisou para os colegas sobre o risco da estrutura cair. “Tinha muito cabo de aço frouxo, com barriga, bem grosseiramente falando. As tiras de sustentação da mesma forma, bem frouxas”, disse.
O professor de educação física afirmou que sentiu, por parte da organização do evento, omissão do perigo. Para ele, teve orientação apenas para se afastarem do palco e não para sair do local, e acrescentou, que, por sorte, as pessoas não entraram em pânico.
Marcela (à esq) aguardava o show do Capital Inicial com a prima — Foto: Arquivo pessoal
“O prejuízo que nós tivemos foi mínimo, só mesmo com o cartão de consumação, que eles nos obrigaram adquirir. Estamos só no aguardo de uma posição da organização para saber o que vai ser feito, se os valores vão ser estornados ou não. Ficamos só nessa expectativa, mas, de toda forma, o prejuízo é mínimo comparado com o que poderia ter acontecido“, explicou Guimarães.
Marcela, porém, revelou ainda estar assustada com o incidente. Ela disse que o mestre de cerimônia avisou que estava perigoso e pediu para o público se afastar do palco. Na sequência, segundo a estudante, organização avisou sobre o alerta da Defesa Civil e orientou que todos saíssem com calma.
Guimarães (ao centro) acredita que organização poderia ter evacuado o espaço antes — Foto: Arquivo pessoal
“Eu até falei para minha prima ‘olha foi uma coisa muito divina’. Por que esperou todo o público e os funcionários saírem, [a ventania] esperou dois minutos e a tenda caiu. Foi muito rápido. Eu só posso dizer que foi um livramento […]. A gente nasceu de novo”, contou Marcela.
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Bertioga e com o Grupo HJR (organizador do evento), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Uma estrutura montada para shows na praia de Bertioga, no litoral de São Paulo, desabou, na noite da última sexta-feira (3), devido aos fortes ventos que atingiram a região. O local receberia a banda Capital Inicial, que precisou adiar a apresentação após o incidente. Ninguém ficou ferido.
Nas redes sociais, em um comunicado oficial, a prefeitura, o Grupo HJR e a produção do Capital Inicial reforçaram que o público não foi atingido. As equipes de segurança e os Bombeiros realizaram, imediatamente, a evacuação do local.
A nova data será divulgada em breve. Não há informações sobre a continuidade do Moto Fest Bertioga, que começou dia 3 de fevereiro e terminaria no domingo (5).
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