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Eleições nos EUA: em primárias do Partido Democrata na Carolina do Sul, Joe Biden tenta atrair eleitores negros

today3 de fevereiro de 2024 10

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Apesar do presidente Joe Biden ser favorito, há duas pessoas que formalmente disputam com ele a nomeação. Os candidatos são os seguintes:

  • Joe Biden, atual presidente dos EUA, ex-vice-presidente dos EUA e ex-senador dos EUA.
  • Marianne Williamson, autora de livros de autoajuda.
  • Dean Phillips, deputado pelo estado de Minnesota.

Biden deverá ser o vencedor das primárias, mas além desse resultado, será importante o número de eleitores que comparecerão, ainda que seja em uma votação em que não há disputa de verdade.



Nas eleições de 2020, as primárias da Carolina do Sul foram fundamentais para Biden se tornar o candidato do Partido Democrata. Ele já afirmou que foi lá que começou sua vitória naquele ano.

No entanto, o eleitorado do estado vota tradicionalmente no Partido Republicano. Nas eleições de 2020, Trump derrotou Biden por quase 12 pontos percentuais. A última vez que o estado foi vencido por um democrata foi em 2008, com Barack Obama.

Por que, então, essa votação é importante para Biden?

Essa é a primeira vez que a Carolina do Sul é sede da primeira eleição primária oficial do Partido Democrata.

A expectativa é que isso faça que aumente o apoio dos eleitores negros. Autoridades do partido também veem o local como trampolim para uma nova estratégia: reconquistar o eleitorado do sul do país nos próximos anos.

Os democratas não têm chance de vencer na Carolina do Sul nas eleições presidenciais de novembro, mas o estado é fundamental para as chances de reeleição do atual presidente, Joe Biden.

O Partido Democrata tem se esforçado para ter bons resultados na região desde os anos 1960, época dos protestos por direitos civis. Mas o aumento da migração a estados sulistas nos últimos anos e vitórias estaduais no Kentucky e na Carolina do Norte, além do triunfo apertado de Biden na Geórgia, em 2020, elevaram a esperança de que a legenda possa melhorar seu desempenho, a começar pela eleição geral de novembro.

Apesar dos números modestos no âmbito nacional, os democratas esperam que Biden possa vencer na Carolina do Norte, estado que só deu a vitória a um democrata uma vez desde 1980. Há também a expectativa de que o partido possa levar alguns distritos eleitorais importantes no Sul do país.

No longo prazo, lideranças miram vitórias para o governo e o Senado na Louisiana e no Mississippi.

Biden visitou a Carolina do Sul antes da votação.

Força do Partido Republicano na região

É improvável que o Partido Democrata consiga reverter a balança no reduto republicano. O presidente do Partido Republicano no Estado, Drew McKissick, afirma que as posições progressistas dos democratas em todos os temas — da economia aos costumes — causam repulsa aos eleitores mais conservadores da região.

“Ter uma primária antecipada não ajudará o partido deles a crescer em um Estado quando as raízes do problema são suas posições sobre os temas”, afirmou.

A primária republicana da Carolina do Sul está marcada para 24 de fevereiro, após disputas em Iowa, New Hampshire e Nevada. O ex-presidente Donald Trump é o franco favorito para obter a indicação do partido para concorrer contra Biden em novembro.

Com uma população de 5 milhões de habitantes, a Carolina do Sul está entre os Estados norte-americanos com menor renda e nível educacional. Mas sua população cresce em proporção maior do que em qualquer outro ente da Federação. Isso ocorre porque alguns norte-americanos preocupados com a inflação e cansados da pandemia, inclusive os aposentados, procuram um lugar com menor custo de vida e clima subtropical, mais quente, para viver. O desemprego é de apenas 3%, um dos menores da história.

Para os democratas, o estado é um lugar relativamente barato para contratar pessoas e fazer campanha com o propósito de teste para saber quais são os temas relevantes para eleitores negros e que vivem em áreas rurais.

Em eleições presidenciais, negros votam no partido democrata em uma proporção de 9 para 1. Um a cada cinco eleitores no Sul é negro, contra 1 para 7 nos EUA como um todo. Entretanto, a abstenção dos negros é maior do que a registrada entre eleitores brancos.




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Por: G1

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