O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo neste sábado (21) por um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o Hamas. “É hora de agirmos para acabar com esse terrível pesadelo”, disse Guterres.
Ele discursou para líderes árabes e ocidentais reunidos em uma “Cúpula da Paz” no Cairo, no Egito. O país, que organizou a cúpula, quer desempenhar um papel diplomático importante no conflito. O Egito foi a primeira nação árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1979, e desde então o Cairo atua como mediador habitual entre Israel e os palestinos, incluindo o grupo Hamas. Além disso, o Egito tem o único ponto de entrada para a Faixa de Gaza que não é controlado por Israel, em Rafah.
Guterres disse ainda que “nada justifica” o ataque do Hamas, e acrescentou que os ataques não podem justificar uma “punição coletiva” ao povo palestino.
O secretário-geral esteve nesta sexta (20) perto da fronteira com Gaza, onde dezenas de caminhões esperam para entrar com ajuda humanitária.
A ONU calcula que são necessários ao menos 100 caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores de Gaza, que enfrentam a falta de água, energia elétrica e combustíveis.
‘Paralisia’ do Conselho de Segurança da ONU
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em cúpula no Egito — Foto: GloboNews/Reprodução
A declaração também foi em discurso durante cúpula convocada pelo Egito para tratar sobre a guerra no Oriente Médio. Vieira disse que é “urgente” a realização de pausas humanitárias nos confrontos, além da abertura de corredores humanitários e a proteção de equipes humanitárias.
Segundo o ministro, enquanto presidente do Conselho de Segurança da ONU neste mês, o Brasil tem convocado reuniões de emergência e estimulado o diálogo. Vieira disse que “lamentavelmente”, não foi possível aprovar uma resolução, que apesar de ter 12 votos favoráveis, foi vetada pelos Estados Unidos.
No entanto, de acordo com o ministro, o número de votos a favor da proposta mostra amplo apoio político à tomada de medidas céleres pelo conselho. “Nós acreditamos que essa visão é compartilhada pela comunidade internacional em geral”, disse, em tradução livre.
Mauro Vieira fez um apelo para que a questão volte a ser discutida em uma reunião da ONU na próxima terça-feira (24), em Nova York, para debater a situação no Oriente Médio e a questão da Palestina.
“Eu sugiro que continuemos a conversa na reunião, no mais alto nível possível, na tentativa de continuar buscando consenso pela ação imediata. A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequência prejudiciais à segurança e às vidas de milhões. Isso não está no interesse da comunidade internacional”, afirmou, em tradução livre.
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Por: G1
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