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Embaixada da Suécia em Bagdá é invadida e incendiada

today20 de julho de 2023 7

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Centenas de pessoas invadiram a embaixada da Suécia em Bagdá, capital do Iraque, nas primeiras horas da manhã de quinta-feira (20), horário local. Segundo uma fonte familiarizada com o assunto e uma testemunha da Reuters, os manifestantes incendiaram o local.

O Ministério das Relações Anteriores da Suécia disse que todos os funcionários da embaixada estão bem.

O protesto foi convocado por apoiadores do clérigo xiita Muqtada Sadr após o país europeu autorizar na quarta–feira (19) a queima do Alcorão, livro sagrado islâmico, em uma manifestação na Suécia.



Uma série de vídeos postados pelo One Baghdad, um popular canal do Telegram que apoia Sadr, mostrou pessoas se reunindo em torno da embaixada por volta das 19h de quarta-feira (horário de Brasília) e invadindo o complexo da embaixada cerca de uma hora depois. Vídeos posteriores mostraram fumaça saindo de um prédio no complexo da embaixada.

A polícia iraquiana e a mídia estatal não reconheceram imediatamente o ataque. O Ministério das Relações Exteriores do Iraque emitiu um comunicado condenando o ataque.

“O governo iraquiano instruiu as autoridades de segurança competentes a conduzir uma investigação urgente e tomar as medidas de segurança necessárias para descobrir as circunstâncias do incidente e identificar os autores deste ato e responsabilizá-los de acordo com a lei”, disse o Ministério.

No final do mês passado, Sadr convocou protestos contra a Suécia e a expulsão do embaixador sueco após a queima do Alcorão em Estocolmo por um iraquiano.

A polícia sueca acusou o homem de agitação contra um grupo étnico ou nacional. Em entrevista a um jornal, ele se descreveu como um refugiado iraquiano que busca proibir o Alcorão, o texto religioso central do Islã, considerado pelos muçulmanos como uma revelação de Deus.

Dois grandes protestos ocorreram fora da embaixada sueca em Bagdá após a queima do Alcorão, com manifestantes invadindo o terreno da embaixada em uma ocasião.

Os governos de vários países muçulmanos, incluindo Iraque, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Marrocos, protestaram contra o incidente, com o Iraque buscando a extradição do homem para ser julgado no país.

Os Estados Unidos também condenaram, mas acrescentaram que a emissão da licença pela Suécia apoiava a liberdade de expressão e não endossava a ação.

Manifestantes presentes no local compartilharam vídeos nas redes sociais — Foto: Reuters




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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