A região tem sido alvo de bombardeios de Israel desde o fim de semana, após o grupo terrorista Hamas ter efetuado ataques em território israelense.
De acordo com o embaixador, 28 brasileiros em Gaza pediram ajuda para voltar para o Brasil. Esse número era de 30 nesta terça, mas dois desistiram. Desses 28, 15 são crianças.
O plano do governo é conduzir os brasileiros para fora de Gaza por meio da fronteira com o Egito. O caminho levaria até a capital, Cairo, onde um avião estaria esperando os passageiros.
No entanto, segundo Candeas, o Egito está impondo dificuldades. Aquele país receia que os brasileiros acabem se tornando refugiados em seu território.
“Provavelmente, essa é a dificuldade que eles [Egito] estão oferecendo, apresentando, para não responder ao nosso pedido de passagem”, afirmou o embaixador.
“Só que uma coisa é passagem. Os nossos brasileiros não vão se transformar em imigrantes, nem refugiados. Nós vamos passar com eles pela fronteira, levar um avião. O avião vai resgatá-los e vai tirar do Egito. Então, não. Essa preocupação deles [Egito] não procede”, continuou.
O planejamento do governo é conduzir os brasileiros em ônibus pelo território do Egito. Os veículos serão identificados com a bandeira do Brasil, para evitar ataques.
Enquanto não é possível retirar os brasileiros de Gaza, o governo busca uma maneira de conferir alguma proteção a eles no território.
Candeas relatou que a representação em Ramala pretende encaminhar os brasileiros para uma igreja e avisar Israel para não bombardear o local.
“Estamos tentando agrupá-los numa igreja”, disse. O embaixador afirmou que o local não tem bunker. “Avisaremos a Israel para não bombardear”.
Ele também disse que a ideia é levar mantimentos para a igreja.
Outro fator que torna mais urgente o resgate dos brasileiros em Gaza é que a região está sem energia elétrica, e a bateria dos celulares corre o risco de acabar.
Questionado sobre esse ponto, o embaixador disse que alguns brasileiros estão conseguindo economizar a bateria e ainda podem ser contactados pelo celular.
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G1 Mundo.
Por: G1
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