O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criou nesta terça-feira (25) novos monumentos nacionais em nome de Emmett Till, um jovem adolescente negro que foi linchado em 1955. O caso chocante e o ativismo da mãe dele mudaram o curso do movimento pelos direitos civis no país.
Desde que assumiu a presidência, Biden tem trazido à tona o caso de Emmett Till. Ele diz que olhar para a história é olhar para que os EUA têm de bom e de mau.
Os três monumentos serão colocados no local onde o corpo foi encontrado, na beira do Rio Mississippi, na igreja onde foi o funeral, em Chicago, e no tribunal onde os assassinos foram inocentados, também em Chicago.
O anúncio de Biden acontece num momento de retrocessos raciais nos Estados Unidos. Nos últimos três anos, mais de 40 estados americanos apresentaram ou aprovaram projetos de lei que impactam como a história dos negros é ensinada nas escolas.
Tudo começou quando uma mulher branca disse que Till tinha assoviado para ela e feito insinuações sexuais. O jovem, então foi sequestrado e linchado por supremacistas brancos.
Na época, o crime ganhou repercussão nacional e a mãe fez questão de fazer um funeral com caixão aberto para que o país inteiro visse como o corpo do jovem ficou desfigurado, tamanha a violência do crime.
A mãe de Emmett fez questão de fazer um funeral com caixão aberto para vissem como o corpo do jovem ficou desfigurado — Foto: Reprodução/TV Globo
Os dois homens acusados de assassinar o adolescente foram absolvidos na época por um júri formado totalmente por pessoas brancas. Depois, eles admitiram que mataram o Emmett, mas como já tinham sido absolvidos, não podiam ser condenados.
Em 2017, após seis décadas, a mulher que acusou Emmett, Carolyn Donham, admitiu que inventou a história. Mais uma vez, nada aconteceu.
Emmett — Foto: Reprodução/TV Globo
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Por: G1
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