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Enquanto isso, o principal suspeito de ter disparado os três tiros que mataram Villavicencio foi ferido em uma troca de tiros com seguranças e depois morreu em uma unidade policial em Quito, segundo a Promotoria.
Ele tinha antecedentes criminais, tendo sido preso anteriormente por acusações relacionadas a armas, informou o governo.
As prisões dos seis suspeitos de envolvimento no crime foram feitas poucas horas depois do assassinato, em operações que ocorreram no sul e no sudeste de Quito. A Justiça decretou prisão preventiva com duração de 30 dias.
Segundo o ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, os seis são estrangeiros e “pertencem a grupos do crime organizado”, sem especificar quais.
Mais tarde, as autoridades equatorianas confirmaram à mídia local que tanto o suspeito morto quanto os seis detidos são colombianos, motivo pelo qual foi solicitada a colaboração com a polícia do país vizinho.
Por sua vez, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, informou que agentes do Federal Bureau of Investigation (FBI, a polícia federal) dos Estados Unidos viajarão ao país sul-americano para colaborar com a investigação.
Os investigadores identificaram os suspeitos como Andrés M., José N. Adey G., Camilo R., Jules C. e John R.
Os detidos têm antecedentes criminais por diferentes delitos e, para dois deles, havia um mandado de prisão pendente por um caso de receptação.
“Durante as incursões, foram encontrados um fuzil, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois pentes de fuzil, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo com denúncia de furto onde os integrantes desse grupo criminoso estariam se movimentando”, afirmou Zapata.
O ministro acrescentou que a polícia “utilizará toda a sua capacidade operacional e investigativa para esclarecer o motivo deste crime e os mandantes”.
Na mesma entrevista coletiva, Zapata repudiou o assassinato de Fernando Villavicencio, que classificou como um “crime político de caráter terrorista”.
O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, por sua vez, repudiou “veementemente”, por meio de um comunicado, o assassinato do candidato, e expressou suas condolências à família e apoiadores.
“Em nome do chanceler e de todo o Estado colombiano, expressamos solidariedade ao povo equatoriano e enviamos uma mensagem de confiança às instituições da irmã República do Equador” para que se possa “esclarecer os fatos e punir os responsáveis”.
A participação de cidadãos colombianos no crime lembra o ocorrido em julho de 2021 com o presidente haitiano Jovenel Moïse, assassinado em sua casa por um grupo que incluía 26 colombianos e dois haitianos-americanos.
Villavicencio, 59, era um dos oito candidatos presidenciais nas eleições antecipadas que acontecerão no Equador em 20 de agosto.
O mandato de Lasso terminaria em 2025, mas em maio deste ano ele decretou a dissolução da Assembleia Nacional e pediu a convocação de novas eleições — mecanismo constitucional conhecido como “morte cruzada”—, em meio a acusações de desvio de dinheiro público.
Candidata à Assembleia Nacional do Equador sofre atentado um dia depois de assassinato de Fernando Villavicencio
Por: G1
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