Rafaela e Gustavo estavam juntos há 15 anos. — Foto: Arquivo Pessoal
“Eu não queria que ele fosse naquele dia. Queria que ficasse com as meninas [filhas]. Minha filha mais nova foi até o carro e falou: ‘Pai, fica comigo’. Ele respondeu: ‘Filha, papai tem que trabalhar’. E ela nem é de fazer isso”, contou a técnica de enfermagem.
O crime aconteceu na madrugada de domingo (18), no bar Estação Chopp, no Centro de Itanhaém. No sábado, antes dele ir trabalhar, a família tinha se reunido para um café da tarde com a mãe da vítima, que mora em São Paulo e estava de passagem pelo litoral para visitar os parentes.
“Passamos uma tarde gostosa. Compramos bolo, brincamos […]. Foi uma despedida e a gente não sabia”, disse Rafaela, que foi casada com Gustavo por 15 anos e teve duas filhas, de 6 e 11.
O casal se mudou recentemente para a cidade no litoral de SP e, durante a semana, Gustavo trabalhava como segurança em um banco da cidade. Na balada, segundo Rafaela, ele tinha começado há menos de dois meses. O serviço no Estação Chopp acontecia apenas aos finais de semana.
Sobre não ter ficado em casa, a viúva ressaltou o comprometimento da vítima: “Ele era um homem muito trabalhador, esforçado. Era apaixonado pela profissão dele”, relatou.
Rafaela Camila pediu ao segurança para ele não trabalhar no dia do crime — Foto: Arquivo Pessoal
Os acusados de terem cometido o crime, Leony Lors Defeu e Rafael Rondi de Moraes, tiveram a prisão preventiva determinada em audiência de custódia e a técnica de enfermagem irá lutar para que eles permaneçam presos. Por isso, ela já contratou advogados. “Ninguém merece sentir o que eu estou sentindo. Ver seu marido sair para trabalhar e não voltar mais”, ressaltou.
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