A mensagem, transmitida em um canal dos terroristas no Telegram, faz coro com a versão defendida pelos Estados Unidos, que na quarta-feira negou autoria do ataque e disse que o atentado tinha características semelhantes a ações do Estado Islâmico.
Ao longo do dia, representantes do governo iraniano levantaram a possibilidade de que os EUA e Israel estivessem por trás das explosões, que aconteceram um dia depois de um ataque com drones matar um dos chefes do Hamas em Beirute, no Líbano. O governo libanês culpou o Exército israelense, e os dois episódios geraram temores de a guerra entre Hamas e Israel se propagar pelo resto da região.
No comunicado, o Estado Islâmico não divulgou as motivações para o atentado nem outras provas de autoria, mas o grupo era rival de Soleimani e se opõe também ao atual regime do Irã. O Estado Islâmico é formado por radicais sunitas, opositores de muçulmanos xiitas, como os que governam o Irã.
Os grupos financiados atualmente por Teerã, como o Hamas e o Hizbollah, também são xiitas.
O ataque, na quarta-feira (3), se deu por meio de duas explosões contra a multidão a poucos metros do túmulo de Soleimani, que fica no cemitério de Kerman, a cerca de 800 quilômetros da capital Teerã. Além das 84 mortes, houve 211 feridos, segundo serviços de emergência do Irã.
A primeira explosão, segundo o serviço de emergência de Kerman, aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano. Já a segunda explosão ocorreu minutos depois, em um ponto mais afastado e perto das primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, ainda de acordo com as autoridades locais.
Ainda na quarta, logo após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, não nomeou culpados, mas afirmou que o ataque foi feito por “inimigos malignos e criminosos da nação iraniana”.
“Os inimigos malignos e criminosos da nação iraniana criaram mais uma vez uma tragédia e martirizaram um grande número do nosso querido povo em Kerman, na atmosfera perfumada dos túmulos dos mártires em Kerman”, declarou, em comunicado.
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Por: G1
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