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‘Estamos declarando emergência (…) ficamos despressurizados’, disse piloto de avião que teve porta ejetada em voo nos EUA; ÁUDIO

today8 de janeiro de 2024 19

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Porta ejetada deixou um buraco na fuselagem do Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines — Foto: Reprodução/TV Globo

Dez segundos depois do primeiro contato, a piloto alerta para o que havia acontecido:



Estamos declarando emergência. Estamos descendo para 10 mil [pés, ou 3 mil metros]. Ficamos despressurizados”, disse, em áudio divulgado pelo canal VAS Aviation, que monitora comunicações de tráfego aéreo.

A controladora responde: “Alaska 1282, desça e mantenha 10 mil pés e, quando puder, me dê a natureza [razão] da emergência e as suas intenções”.

A piloto então explica: “Acabamos de despressurizar. Estou mantendo 10 mil [pés] e preciso retornar a Portland”

A controladora orienta o avião a ir na direção de Portland e contatar o controle de aproximação de aeronaves daquele do aeroporto.

Avião fez pouso de emergência após porta abrir durante voo, nos EUA, em 6 de janeiro de 2024 — Foto: Redes sociais

O controlador de Portland pergunta se a piloto precisa jogar fora combustível antes do pouso, para pousar mais leve. Essa manobra, no entanto, exigiria que o avião ficasse mais alguns minutos em voo. A piloto diz que não, e que prefere aterrissar direto.

O pouso ocorreu às 17h26, hora local (22h26 em Brasília), 20 minutos depois da decolagem. Havia 171 passageiros e seis tripulantes a bordo.

Porta abre em voo, e avião faz pouso de emergência nos EUA

Porta abre em voo, e avião faz pouso de emergência nos EUA

Ao pousar em Portland, a aeronave tinha um buraco na fuselagem exatamente onde a porta foi ejetada. A porta, originalmente uma saída de emergência, estava desativada —significa que, para os passageiros, ela se assemelha a uma janela. O contorno da saída de emergência só é possível de ser vista do lado externo. Dentro da cabine dos passageiros, estava camuflada com um tampão e uma janela. O nome da peça ejetada é “door plug”, ou “tampão de porta”.

Não houve feridos. Não havia ninguém no assento ao lado da porta ejetada; se houvesse, o passageiro poderia ser sugado para fora do avião, devido à pressão atmosférica externa a quase 5 mil metros de altura.

A porta com tampão, uma espécie de porta “falsa”, fica na parte do meio do Boeing 737 Max 9. (veja na imagem abaixo, à esquerda)

À esquerda, um porta com tampão, identificado pela janela externa; aviões assim estão proibidos temporariamente de voar — Foto: Reprodução/The Boeing 737 Technical Channel

Essa porta extra existe em todo 737 Max 9 para atender aos requisitos de evacuação de passageiros em caso de emergência —mas não necessariamente está apta a funcionar. A porta é adotada como saída de emergência por companhias aéreas que usam a configuração de assentos máxima do Max 9, com 220 passageiros —como a Lion Air, empresa de baixo custo da Indonésia.

Aviões com o “tampão de porta”https://g1.globo.com/porta falsa comportam obrigatoriamente menos gente: a capacidade máxima cai para até 189 assentos.

No caso da Alaska Airlines, são 178 lugares, segundo o site da companhia. Na prática, o voo tem menos passageiros a bordo, o que dispensa usar essa saída de emergência —e ela então fica bloqueada. Só por fora é possível perceber se tratar de uma porta; do lado de dentro, ela se assemelha a uma janela.

Risco aos passageiros e suspensão de voos

Estão impactados pela medida as aeronaves desse mesmo modelo com uma porta “falsa” —desativada— na parte do meio do avião, como o a da Alaska Airlines.

Ao justificar a suspensão, a FAA apontou o risco de outras aeronaves terem problemas na porta desativada, o que classificou de “condição insegura”.

A agência apontou ainda que a perda de porta de voo, caso se repetisse, poderia resultar em “ferimentos aos passageiros e tripulação, impacto da porta no avião e/ou perda de controle do avião” (veja abaixo fac-símile da determinação).

Trecho de norma da FAA que fala de risco aos passageiros, à tripulação e ao risco de perda de controle da aeronave — Foto: Reprodução

A inspeção nos Boeing 737 Max 9 leva de quatro a oito horas, segundo a FAA. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB) investiga o incidente.

As companhias aéreas brasileiras não adotam o Boeing 737 Max 9.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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