Diretora do Centro dos Estudantes de Santos e Região (CES), Michelle Souza, de 19 anos, explicou que o movimento estudantil de todo o estado pretendia realizar uma manifestação pacífica na terça-feira (21), mas foi recebido com violência policial.
“Nos bateram, enforcaram e jogaram spray de pimenta na gente, como mostram vários vídeos que foram gravados. Só não fomos cruelmente expulsos da Alesp, pois deputadas e vereadoras fizeram uma barricada em frente à tropa de choque para nos proteger”, relembrou Michelle.
A jovem contou que ela foi agredida enquanto tentava ajudar uma estudante com deficiência. “Levei também spray de pimenta na cara, passei mal por ser asmática”, disse, informando que diversos manifestantes foram embora machucados.
Dos dez estudantes da Baixada Santista que foram até a capital, três ficaram detidos, entre eles, o presidente do CES. Eles foram liberados nesta quarta-feira (22), após mobilizações do movimento estudantil em frente ao 27° Distrito Policial (DP).
“A polícia mostrou que não está preparada para estar dentro das nossas salas de aula, nunca estarão. Se em plena luz do dia na Câmara Legislativa do Estado de São Paulo, em frente a deputados e deputadas, estudantes foram cruelmente agredidos, imagina dentro das escolas?”, questionou Michelle.
Manifestantes foram agredidos com cassetetes pela PM na Alesp — Foto: Reprodução/UNE
Procuradas pelo g1, a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não se manifestaram sobre a conduta dos agentes até a publicação desta matéria.
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Por: G1
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