O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, alvo de investigações por corrupção na liberação de verbas do ministério, foi preso nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal, em apuração sobre suposto esquema de tráfico de influência envolvendo pastores.
A Polícia Federal cumpriu ordens judiciais emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à primeira instância, em investigação que corre sob sigilo.
De acordo com a imprensa, a ordem de prisão contra o ex-ministro é preventiva, incluindo busca e apreensão em seus endereços e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, apontados como lobistas que atuavam no MEC.
A ação foi batizada de “Acesso Pago” e investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.
“A investigação iniciou-se com a autorização do STF em razão do foro privilegiado de um dos investigados. Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União reunidos no inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas”, diz a PF.
O crime de tráfico de influência está previsto no artigo 332 do Código Penal, com pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses), todos previstos no Código Penal.
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