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O caso de King ganhou repercussão mundial em julho. À época, ele visitava a Zona Desmilitarizada da Coreia com um grupo turístico quando, de repente, saiu correndo e ultrapassou a fronteira entre as duas nações, entrando em território norte-coreano. Ele acabou preso.
O indiciamento pelo Exército contra o soldado inclui oito acusações distintas de infrações ao Código da Justiça Militar dos Estados Unidos.
Em um comunicado divulgado por um porta-voz da família, a mãe de King, Claudine Gates, expressou o seu amor incondicional e pediu que o filho dela “recebesse a presunção de inocência”.
“O homem que criei, o homem que deixei no campo de treinamento, o homem que passou as férias comigo antes de ser destacado não bebia”, disse Gates.
“Uma mãe conhece seu filho e acredito que algo aconteceu com o meu enquanto ele estava destacado. O Exército prometeu investigar o que aconteceu em Camp Humphries e aguardo os resultados.”
Durante semanas, o Exército dos EUA evitou comentar se o soldado enfrentaria uma ação disciplinar. Os militares afirmavam que a prioridade era garantir que King recebesse os cuidados adequados, depois de permanecer detido por dois meses na Coreia do Norte.
A operação para que King fosse devolvido aos Estados Unidos envolveu a Suécia e semanas de negociações diplomáticas. Após ser libertado, ele foi levado até a China, onde foi recebido pelo embaixador dos EUA.
Depois disso, o soldado foi levado de avião para um hospital militar no Texas, onde passou por avaliações médicas, inclusive de saúde mental.
Soldado americano cruza a fronteira da Coreia do Norte após ficar detido na Coreia do Sul
Travis King, que se alistou em 2001 no Exército norte-americano, atingiu o cargo de batedor de cavalaria na Força Rotacional Coreana, que é parte de um acordo de décadas dos Estados Unidos para proteger a Coreia do Sul.
O soldado tem um histórico conflituoso nas Forças Armadas. Ele foi acusado duas vezes de agressão na Coreia do Sul.
Em um dos casos, confessou ser culpado de agressão e por destruir propriedade pública depois de danificar um carro da polícia. O caso teria acontecido durante um discurso, cheio de palavrões, contra os coreanos, segundo documentos judiciais.
Após sair da prisão especial para militares norte-americanos e outros estrangeiros, King ficou na base dos EUA na Coreia do Sul por uma semana, segundo a agência de notícias Yonhap.
Mapa destaca a Zona Desmilitarizada entre as Coreias — Foto: Arte g1
Por: G1
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