Os voos domésticos e internacionais que decolariam nesta manhã dos aeroportos dos EUA ficaram em solo por determinação da Administração Federal de Aviação americana (FAA, na sigla em inglês) entre 9h30 e 10h50 no horário de Brasília.
“As operações normais de tráfego aéreo estão sendo retomadas gradualmente nos EUA após uma interrupção noturna do sistema de Aviso aos Aeronavegantes, que fornece informações de segurança às tripulações de voo. O bloqueio de decolagem foi retirado. Continuamos a investigar a causa do problema inicial”, disse a FAA.
Passageiros esperam deitados no aeroporto internacional de Orlando após suspensão temporária de todos os voos nos EUA, em 11 de janeiro de 2023. — Foto: Lou Mongello/via Reuters
- Caos foi causado por uma queda no sistema Notam, que alerta pilotos e outros funcionários de voo sobre algum perigo ou alterações relevantes em aeroportos (leia mais abaixo);
- A FAA determinou às 9h30 no horário de Brasília que todos os voos nos Estados Unidos permanecessem em solo, impedindo qualquer avião de decolar;
- Por volta de 10h20, a FAA informou que começou a retomar alguns voos, especificamente nos aeroportos de Newark e Atlanta;
- O bloqueio nas decolagens foi retirado às 10h55 pela FAA;
- Os voos que já estavam no ar não tiveram problemas para pousar;
- Apenas voos militares e de resgate médico estavam autorizados a decolar durante o bloqueio;
- A Casa Branca afirmou não haver nenhuma evidência de que a falha ocorreu por ataque cibernético.
- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou uma investigação sobre o caso.
Desde cedo, passageiros já relatavam cancelamentos em diferentes companhias e aeroportos, em várias regiões dos Estados Unidos.
O site FlightAware, que monitora o tráfego aéreo pelo mundo, mostra que 716 voos saindo dos Estados Unidos ou chegando ao país foram cancelados até as 11h no horário de Brasília.
O número é muito maior que o total do dia anterior. Na terça-feira (10), 201 voos foram cancelados. O site registrou também cerca de 10 mil voos atrasados até 11h no horário de Brasília.
A presidente do Comitê de Comércio do Senado dos EUA, Maria Cantwell, disse que o grupo planeja revisar a causa da interrupção no sistema.
“Analisaremos o que causou essa interrupção e como a redundância desempenha um papel na prevenção de futuras interrupções. O público precisa de um sistema de transporte aéreo resiliente”, disse Cantwell.
A companhia aérea United Airlines disse que retomou suas operações nos Estados Unidos, mas que “os clientes ainda notam alguns atrasos e cancelamentos”.
Passageira verifica voos atrasados e cancelados no aeroporto de Newark na quarta-feira, 11 de janeiro de 2022 — Foto: Ted Shaffrey/AP
Por conta da determinação, aeroportos europeus também relataram atrasos. O de Barajas, em Madri, na Espanha, informou que os voos saindo para os Estados Unidos ficaram “várias horas atrasados”.
Em Paris, os aeroportos Charles de Gaulle e Orly informaram atrasos em voos para cidades dos EUA.
O Notam, sigla em inglês para Aviso aos Aeronavegantes, é um sistema internacional de mensagens que informa qualquer alteração ou risco para a navegação aérea. Ele pode indicar uma pista que esteja interditada, o fechamento de espaço áereo, falha em algum equipamento de auxílio ou ainda alguma orientação geral.
O objetivo desse sistema é ser uma forma rápida e eficiente de notificar todos os envolvidos com o transporte aéreo. Ela é divulgada pelos departamentos de aviação de cada país.
A mensagem é codificada e pública. Veja um exemplo de uma mensagem publicada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Brasil às 8h31 desta quarta-feira (11):
- SBCW/QMRLC/IV/NBO /A /000/999/2348S05319W005
- RWY 04/22 CLSD DEVIDO SER MAINT
- ORIGEM: SDIA 5ED3A6E4
- 06/02/23 10:31 a 10/02/23 14:00 UTC
Ela indica que a pista 4/22 do Aeroporto de Umuarama, no Paraná, está fechada para manutenção.
Passageiros enfrentam filas em aeroporto de Chicago após paralização de voos por falha em sistema nos EUA em 11 de janeiro de 2023 — Foto: Charles Rex Arbogast/AP
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Por: G1
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