Begoleã Fernandes é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira — Foto: Redes sociais
Kamila Lopes, de 26 anos, falou ao g1 que os familiares não pretendem recorrer da decisão, desde que a defesa de Begoleã também não apresente recurso.
Além da internação por tempo indeterminado, a Justiça determinou, nesta quinta-feira (8), pagamento de indenização de 27,6 mil euros à mãe de Alan e de 17,5 mil euros ao pai.
“Ficamos satisfeitos com a sentença”, disse Kamila.
Segundo a decisão judicial, Begoleã tem esquizofrenia e sofria de transtorno mental no momento do crime. Ele foi considerado não punível em veredito proferido nesta quinta-feira (8).
Pedido do Ministério Público
A internação compulsória já tinha sido solicitada pelo Ministério Público holandês, após a perícia concluir que o brasileiro desenvolveu um delírio paranoico em relação à vítima – ele se convenceu equivocadamente de que Alan era canibal e de que pretendia matá-lo e depois comê-lo. O medo e o delírio teriam motivado o homicídio.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o crime foi planejado. No dia 26 de fevereiro de 2023, o suspeito foi a casa de Alan, em Amsterdã, e o matou a facadas.
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Nos autos judiciais consta que Begoleã cresceu no Brasil e foi para Holanda no início de 2020. Ele queria começar uma carreira como kickboxer e encontrou uma academia em Amsterdã, onde treinava de quatro a cinco dias por semana.
Ainda segundo o documento, o mineiro tinha vários empregos, mas ganhava pouco e tinha dificuldade em encontrar um lugar para dormir. Alan e a mãe dele ofereceram abrigo por algum tempo.
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Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, ele pretendia viajar para Belo Horizonte e apresentou um cartão de identidade italiano, além de portar outros documentos de identificação em nome de terceiros, o que levantou suspeitas.
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