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“Foram 51 dias no inferno. Ninguém esquece uma coisa assim. Fui torturada, passei fome, tive sede. Não tinha oxigênio”, disse a ex-refém.
Aviva foi sequestrada junto com o marido, Keith, e outros 16 moradores de um kibutz chamado Kfar Aza, a cerca de três quilômetros da fronteira de Gaza, onde moravam. A comunidade deles, que tem cerca de mil moradores, e uma base militar na vizinhança foram atacadas pelos terroristas do Hamas durante os ataques do dia 7 de outubro de 2023.
“Quando pegaram o Keith, quebraram as costelas dele com um empurrão. Deram tiros em volta da gente, e uma das balas acertou a mão dele”, contou a mulher.
Aviva Siegel e seu marido, Keith, israelenses sequestrados pelo Hamas do kibutz onde moravam e levados até a Faixa de Gaza. Keith ainda está no poder do grupo terrorista. — Foto: Reprodução/Fantástico
A israelense foi libertada pelos terroristas em novembro de 2023, durante acordo de cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, que incluiu troca de reféns. Mas seu marido continua no poder dos terroristas.
Aviva disse que está preocupada com Keith: “ele tem 64 anos e tem problemas de saúde, tem pressão alta e não está tomando o remédio certo. Tenho certeza disso, porque eu não tomei. E ele foi tratado como lixo, como um nada”.
Por isso, a ex-refém está participando dos protestos em Tel Aviv, capital de Israel, contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para exigir que a prioridade do governo seja a libertação dos reféns. Ela se juntou a outros israelenses que acampam perto da casa de Netanyahu.
“Eu quero tanto (que mais reféns sejam libertados) que chega a doer”, revelou Aviva.
Muitos israelenses acham que Netanyahu está mais focado na própria sobrevivência política e na guerra do que no resgate dos reféns. Houve conflito entre manifestantes e a polícia nas ruas de Tel Aviv no sábado (9).
“Queremos mostrar a ele, quando ele sai ou volta pra casa, que estamos lá porque precisamos ter nossos entes queridos de volta“, contou a mulher.
As estimativas são de que, das 253 pessoas sequestradas, cerca de 130 ainda estejam em poder dos terroristas, e nem todas vivas.
Manifestantes israelenses pedem que a prioridade do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu seja a libertação de reféns. — Foto: Reprodução/Fantástico
Segundo Aviva, ela e o marido passaram fome. E a tortura não era apenas física, mas também psicológica:
“Não nos davam comida suficiente, então perdi 10 quilos. Davam um pouco de pão, às vezes tão seco que você mal conseguia mastigar. Às vezes era só um pouco de arroz, mas nunca era o suficiente. E às vezes não davam nem água o suficiente. Eles (os terroristas) costumavam comer na nossa frente, muita comida. Mastigavam, vinham de outro recinto mastigando, enquanto nos deixavam 24 horas sem comer”, relembrou a ex-refém.
Aviva contou que ela e o marido foram transferidos de cativeiro 13 vezes, e uma delas eles acharam que iriam morrer.
“Numa das vezes nos levaram pra debaixo da terra e ficamos só nós dois ali, porque eles sentiram que não ia ter oxigênio suficiente pra eles. A gente achou que fosse morrer”, relembrou.
Aviva presenciou abusos sexuais e físicos com outras reféns e ficou emocionada ao relatar o que lembrava.
“Uma das moças foi ao banheiro e quando voltou eu pude ver no rosto dela que alguma coisa tinha acontecido. Levantei-me e dei um abraço nela. E o terrorista veio e começou a gritar porque a gente sabia que abraços eram proibidos. Depois de umas duas horas com todo mundo quieto por sabermos que uma coisa ruim tinha acontecido com ela, ela olhou pra mim e disse: ele tocou em mim.”, contou Aviva.
Segundo a israelense, esse foi um momento muito difícil do cativeiro porque ela queria proteger a moça, mas não podia.
“Não sei se ela me contou tudo o que aconteceu, mas o que ela me contou, como ele tocou nela, isso foi o suficiente pra eu sentir muita pena. A gente ficou chorando por uns dois dias, foi um momento muito difícil”, disse.
Aviva afirmou ainda que os terroristas batiam nas reféns. Uma delas foi agredida quando o grupo ia ser transferido de cativeiro: “uma garota me disse pra eu tapar os ouvidos porque eu não ia querer ouvir o que estavam fazendo. Bateram nela, bateram, bateram. Quando ela voltou, estava toda vermelha. Ficou com a marca das algemas por pelo menos cinco dias”, contou.
Segundo o relatório, socorristas relataram ter descoberto corpos nus de mulheres com as mãos amarradas e com ferimentos de tiro na cabeça, um padrão recorrente observado nos atentados de outubro de 2023.
Os investigadores da ONU concluíram que alguns reféns levados para gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas a conflitos.
Ex-refém do Hamas: ‘Fui torturada, passei fome, tive sede’
Por: G1
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