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Os ministros de Energia e Meio Ambiente dos países do G7 concordaram, neste domingo (16), em acelerar o afastamento do uso de combustíveis fósseis, mas sem estabelecer um novo prazo para a eliminação gradual de fontes de energia poluentes, como o carvão.
Em um comunicado divulgado após dois dias de reuniões em Sapporo, no norte do Japão, ministros das sete maiores economias do mundo propuseram ações para manter o aquecimento global abaixo do limite de 1,5°C.
Enfatizamos nosso compromisso no contexto do esforço global para acelerar a eliminação gradual de combustíveis fósseis para alcançar sistemas de energia com zero emissão líquida até 2050, no mais tardar.
— Ministros do Meio Ambiente do G7 em comunicado
O grupo não ofereceu nenhum novo prazo para além do que foi adotado no ano passado, quando propôs eliminar, gradualmente, grande parte do uso de combustíveis fósseis em seus setores elétricos até 2035.
A ministra da Transição Energética da França, Agnès Pannier Runacher, disse que o apelo para uma “eliminação gradual” dos combustíveis fósseis foi um “passo firme à frente” antes das próximas cúpulas do G20 e da COP28.
Reino Unidos e França propuseram eliminar o carvão das matrizes de energia do G7 ainda na década atual, mas a meta foi rejeitada por outros membros, como Japão e Estados Unidos, que citaram a pressão sobre os fornecimentos energéticos causados pela guerra na Ucrânia.
Segundo o IPCC, o aquecimento global causado pela atividade humana elevará as temperaturas médias em 1,5°C em relação à era pré-industrial de 2030-2035.
Os ministros também anunciaram a meta de pôr fim à poluição com plástico em seus países até 2040.
“Estamos comprometidos com acabar com a poluição plástica, com a ambição de reduzir a zero a poluição adicional de plástico até 2040”, disse o comunicado.
Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e União Europeia já fazem parte de uma coalizão internacional que se comprometeu com esse objetivo no ano passado. É a primeira vez, no entanto, que Estados Unidos, Itália e Japão se somam a esse objetivo.
A quantidade de lixo plástico dobrou nos últimos 20 anos, e apenas 9% dele é reciclado, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Várias ONGs temiam que a reunião ministerial levasse a um retrocesso em termos de compromissos climáticos, sobretudo, pelas posições conservadoras do país anfitrião.
Altamente dependente da importação de combustíveis fósseis, o Japão queria aproveitar a ocasião para reivindicar novos investimentos no setor do gás em nome da “segurança energética”, em meio aos transtornos decorrentes da invasão russa da Ucrânia em fevereiro 2022.
Em 2022, o G7 decidiu tolerar investimentos em gás como uma resposta “provisória” a “circunstâncias excepcionais” relacionadas a esse conflito.
A declaração deste domingo inclui abordagens similares, mas também estabelece vários parâmetros em torno desses investimentos, destacando a “necessidade primária” de uma “redução da demanda de gás”.
O G7 também reafirmou seu compromisso de trabalhar com outros países desenvolvidos para arrecadar 100 bilhões de dólares por ano para que os países emergentes possam combater o aquecimento global. A promessa remonta a 2009 e era para ser cumprida até 2020.
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Por: G1
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