Resta saber qual será a extensão desta repreensão de Lula a Maduro, que demonstra desprezo pela atuação do Brasil.
A nota do Brasil sequer cita as perseguições a críticos do regime e mais de 30 prisões de opositores, que escalaram desde o início do ano, sob a alegação, sem provas, de participarem de cinco supostos complôs para derrubar o regime ou assassinar Maduro. Quando o governo brasileiro se manifestou, o processo eleitoral caótico já estava dominado pelo regime.
Maduro repete sempre a ladainha de que na Venezuela haverá eleições “com sol, chuva ou relâmpagos”, mas copia os modelos de Nicarágua e Rússia, afastando seus concorrentes do pleito.
Os candidatos que tiveram permissão para inscrever-se no Conselho Nacional Eleitoral não representam qualquer desafio ao comandante do país, que, segundo as pesquisas independentes, tem apenas 20% das intenções de voto.
O controle do governo e a sua interferência embolou o processo eleitoral e, como em outros pleitos, causou fricções entre a oposição.
A entrada do candidato opositor Manuel Rosales, na última hora, gerou desconfiança. Criticado por adversários de pactuar com o regime, ele alegou que só se inscreveu porque a professora Corina Yoris, apontada como substituta de María Corina Machado, não conseguiu efetuar sua candidatura e os opositores de Maduro não poderiam ficar sem espaço.
“Não venho substituir ninguém, não venho tirar a liderança de ninguém, não venho separar ninguém, venho de braços abertos para reconstruir a Venezuela”, justificou.
Após o encerramento do prazo, o órgão eleitoral aceitou a inscrição de um “candidato-tampão” da Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição. Em vez de Yoris, entrou o também desconhecido Edmundo González Urrutia, ex-embaixador da Venezuela na Argentina.
Nesse ambiente turbulento, a esperança da coalizão liderada por María Corina Machado é tentar substituir o candidato por outro, já em abril ou até dez dias antes das eleições, conforme prevê a legislação eleitoral. Mas, como tudo na Venezuela, a lei está sob o comando de Maduro.
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Por: G1
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