Objetivo é aperfeiçoar o trabalho de prevenção a acidentes naturais nas encostas dos morros e inundações
Para aperfeiçoar o trabalho de prevenção a acidentes naturais nas encostas dos morros e inundações, a Prefeitura de Guarujá está atualizando o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), contratado para desenvolver o projeto, tem visitado as áreas de risco da Cidade, acompanhado das equipes da Defesa Civil Municipal.
Os técnicos do IPT já estão coletando imagens aéreas e em campo de pontos como o Morro do Sorocotuba e Morro do Bil, inclusive com o sobrevoo de drone. O objetivo é fazer um levantamento das áreas, com informações como o tipo de moradia, inclinação da encosta, distância entre casas, histórico de deslizamento, entre outros dados que permitam avaliar o risco dos locais.
Além da atualização do PMRR, o IPT faz o acompanhamento técnico de obras já realizadas e de outras a serem iniciadas para a mitigação dos riscos relativos a escorregamentos, como na Barreira do João Guarda, na Enseada. O trabalho de mapeamento e assessoria será realizado em 13 morros ao longo dos próximos meses.
Além da setorização do risco, o levantamento também indicará obras para mitigação do risco, tais como melhoria nos acessos, drenagem, limpeza e eliminação de descarte irregular de lixo, proteção superficial da encosta, contenções, acerto de geometria e retaludamento, entre outras intervenções estruturais.
Para o desenvolvimento integrado da gestão do novo plano, a Defesa Civil de Guarujá tem participado intensamente, garante o coordenador da unidade, Átila Gregório. “Nós fiscalizamos e acompanhamos a execução. A intenção é que as áreas técnicas e as comunidades possam acompanhar e colaborar com a atividade. O interessante é que o trabalho inclui, além do mapeamento, a indicação de medidas para a redução de riscos, como intervenções ou, em último caso, até a remoção de moradias”.
A última atualização do PMRR aconteceu em 2016 e também foi realizada pelo IPT. Neste relatório, ainda não constam as comunidades Vale da Morte e Nova Perequê (Quilômetro 8). Nele, são apontados 1.644 imóveis em áreas de encosta de morro, nos seguintes pontos: Barreira do João Guarda, Cantagalo, Morro da Bela Vista, Jardim das Flores/Morro do Engenho, Jardim Três Marias, Morro da Cachoeira, Morro da Vila Júlia, Morro do Bil, Morro do Outeiro, Perequê (morro), Vila Baiana, Vila Edna, Vila da Noite e Praia do Góes (Fortim).
Já em palafitas, são 5.485 domicílios, nas comunidades Cachoeira Plano, Santa Clara, Complexo Prainha, Caixão, Morrinhos 4, Perequê, Santa Cruz dos Navegantes, Santa Madalena, Santa Rosa e Sítio Conceiçãozinha. Sendo assim, são 7.129 famílias em áreas de risco.
Os próximos passos serão a integração da sociedade civil e das demais secretarias municipais, a fim de desenvolver planos para colocar as soluções necessárias em prática. “A atualização será importante não apenas para as chuvas fortes, mas também como preparação para as mudanças climáticas, destaca Átila.
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