Um homem, de 59 anos, capturado pela PM Rodoviária e levado ao 3º DP de São Vicente (SP) como foragido por matar uma mulher em julho de 2004 foi solto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), no distrito policial não encontraram nada contra o suspeito no sistema da Polícia Civil.
Ainda segundo a SSP-SP, o boletim de ocorrência (BO) foi editado. A primeira versão constava como captura de procurado, pois, ao ser abordado e detido pelos PMs, estes viram no sistema que contra o homem havia um mandado de prisão válido até 2025.
No 3º DP de São Vicente, no entanto, a pasta informou que foram feitas novas pesquisas e nada contra o homem foi encontrado. Ele foi solto e o BO atualizado para ‘não criminal’.
O homem foi abordado pela PM Rodoviária em 10 de maio às margens da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Conforme apurado pelo g1, o suspeito teria demonstrado nervosismo e até fingido falar ao celular diante da presença dos policiais e, por isso, foi parado.
Os PMs disseram que o homem se apresentou com um nome inventado e disse que estava sem os documentos. Ele apresentou, no entanto, os dados verdadeiros dos pais e a própria data de nascimento. Com isso foram feitas as buscas no sistema.
A equipe de reportagem foi informada que a PM buscou o nome no sistema e encontrou contra ele um mandado de prisão por homicídio, cometido contra uma mulher em 8 de julho de 2004 na comunidade da Vila Dalva, em São Paulo.
Em nota, a SSP-SP disse que a PM Rodoviária não encontrou nada de ilícito com o homem durante a abordagem, nem o nome dele no sistema.
O g1 apurou que o homem foi levado ao 3º DP por conta do mandado de prisão contra ele, que a SSP-SP negou, em nota, que os PMs tenham encontrado. Vale destacar que na primeira versão do BO registrado na delegacia constava como natureza: captura de procurado.
A equipe de reportagem questionou a PM Rodoviária sobre a prisão e como o nome do homem, que constava no sistema como foragido da Justiça, no 3º DP estava limpo, sem nenhum mandado de prisão em aberto.
A SSP-SP também foi perguntada sobre esse conflito de informações, mas até a publicação desta reportagem as respostas não foram apresentadas.
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Por: G1
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