O estado do Alabama, nos Estados Unidos, deverá executar na noite desta quinta-feira (25) um prisioneiro com o método de asfixia com gás nitrogênio. É uma forma mais simples de execução do que a injeção letal, mas ainda não testado, por isso tem causado controvérsia.
O homem a ser executado é Kenneth Smith, que foi condenado por um homicídio de 1988. Os advogados dele fizeram duas últimas tentativas para adiar a execução, mas ambas foram rejeitadas pela Justiça dos EUA (veja mais abaixo).
Ele é uma das poucas pessoas que já sobreviveram a uma tentativa de morte pelo Estado: em 2022, tentaram executá-lo com injeção letal, mas não encontraram uma veia que pudesse servir como via intravenosa para aplicar o veneno, e então desistiram.
Agora, a técnica será a seguinte: ele será amarrado em uma maca e vão colocar uma máscara que vai cobrir a boca e o nariz. Essa máscara estará conectada a um cilindro com gás nitrogênio, sem nada de oxigênio. Assim, ele não vai conseguir inspirar oxigênio.
O estado do Alabama afirma que esse o método mais indolor de execução porque ele deve perder consciência em poucos minutos e morrer logo em seguida.
Quem é contra a pena de morte (inclusive os especialistas em direitos humanos da ONU) disseram que o método é uma experimentação com um ser humano e que pode simplesmente causar lesões sem matá-lo ou até mesmo ser uma morte com tortura.
Tentativas de última hora
Os advogados dele fizeram duas tentativas de última hora para impedir a execução.
- Na quarta-feira, os advogados argumentaram à Suprema Corte dos EUA que um homem condenado à morte não pode ser submetido a duas tentativas de execução. O pedido foi negado.
- Também na quarta-feira, os advogados entraram com um recurso em um tribunal de apelações afirmando que pode haver problemas com a máscara e que há risco de dano ao cérebro. O tribunal negou o pedido. Os representantes de Smith, então, recorreram à Suprema Corte, que nesta quinta-feira, falou para a execução prosseguir.
Kenneth Smith, homem condenado à pena capital no estado do Alabama, nos EUA — Foto: Reuters
Peritos em pena de morte afirmam que o estado do Alabama não deu informações suficientes sobre como agiria caso haja algum problema.
O pastor Jeff Hood, conselheiro espiritual de Smith, estará ao lado do condenado na hora da execução. Ele teve que assinar um formulário reconhecendo o risco que o método de execução representa para outros.
No ar que respiramos há cerca de 78% de nitrogênio e cerca de 20% de oxigênio. Se o cilindro fizer a concentração de nitrogênio da sala aumentar, e a de oxigênio, diminuir, pode haver algum risco de que os presentes fiquem inconscientes.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
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