A faxineira aposentada Maria Lúcia Rodrigues, de 65 anos, está com quatro tumores no cérebro e há um mês recebeu dos médicos um prognóstico de seis meses de vida. A família informou ao g1 que corre contra o tempo para realizar o sonho dela: casar com o pedreiro Marcos Aurélio Azevedo, de 58, com quem tem três filhos e vive há quatro décadas em Cubatão (SP).
“Ela pediu ele em casamento. Os dois são um casal apaixonado, é encantador. São muitos anos e é muito amor envolvido. No hospital, todo mundo ficou encantado com ele, porque cuida dela como se não houvesse o amanhã”, contou a filha do casal Maiara Azevedo, de 34.
A filha explicou que os pais sempre quiseram casar, mas não tinham condições financeiras e acabaram deixando esse sonho de lado.
Após o prognóstico, a família decidiu arrecadar dinheiro para realizar o casamento e para que Maria seja submetida a uma fisioterapia, já está com o lado direito paralisado por conta da doença. Sem o tratamento, ela sequer conseguiria ficar sentada para a cerimônia.
“A gente pretende casar ela na cadeira de rodas porque não tem outra opção. Esse sonho é dos dois, um sonho de muitos anos, mas a gente acabou relaxando e deixando as coisas para lá. Agora, nessa situação, os filhos e as pessoas mais próximas dela querem realizar esse sonho”, afirmou Maiara.
Com a fisioterapia, o futuro marido disse que ajudaria a mulher a sentar na cadeira de rodas e, com isso, levá-la ao cartório. “[Para] o homem [do cartório] vir aqui celebrar o nosso casamento é R$ 1,7 mil. Eu queria realizar esse sonho para ela”, afirmou Marcos, que parou de trabalhar para cuidar da parceira.
Maria disse que quer vestido de noiva e uma grande festa para comemorar a união. Os elogios para Marcos são inúmeros:
“Eu quero casar com ele. Ele demonstrou o tempo todo que é fiel comigo, é super carinhoso […]. É um marido que eu posso contar em todas as horas”.
Há um mês Maria recebeu dos médicos um prognóstico de seis meses de vida — Foto: Arquivo pessoal
Maria foi diagnosticada com câncer de mama em 2021. No ano seguinte, em remissão, descobriu dois nódulos nos pulmões em exames de rotina.
Há um mês, teve uma convulsão e, ao ser levada ao hospital, recebeu a notícia que estava com quatro tumores no cérebro, sendo que um deles está ultrapassando para o crânio.
A filha explicou que não tem como fazer cirurgia e, por este motivo, está fazendo tratamento com radioterapia — radiações usadas para destruir um tumor ou impedir que as células aumentem.
“Os médicos deram seis meses de vida. Só que a gente crê em Deus. Quem dá a última palavra é Deus”, finalizou a filha.
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