Segundo os promotores responsáveis pelo caso, outros suspeitos afirmaram que o ex-premiê interveio para desbloquear operações supostamente irregulares. Costa disse ser inocente, mas decidiu se afastar do cargo porque uma investigação do tipo “não condiz com a função de primeiro-ministro”.
As investigações da Procuradoria-Geral da República de Portugal abrangem supostas irregularidades em contratos do governo para a exploração de lítio em minas portuguesas, além da produção de energia a partir de hidrogênio.
Três projetos do governo estão sendo investigados:
- Concessões de mineração de lítio nas minas do Romano, no vilarejo de Montealegre, e do Barroso, no município de Boticas.
- Criação de uma central de produção de energia a partir de hidrogênio na cidade de Sines.
- Construção de um datacenter, também em Sines, pela empresa Start Campus.
Entenda mais sobre cada projeto abaixo.
Em 2019, o governo português abriu concessões de mineração de lítio nas minas do Romano, no vilarejo de Montealegre, e do Barroso, no município de Boticas, ambas no norte do país.
Com 60 mil toneladas métricas de reservas conhecidas, Portugal já é o maior produtor europeu de lítio, embora só agora os mineiros estejam se preparando para começar a exploração. Várias empresas, nacionais e internacionais, estão tentando explorar os depósitos portugueses.
O minério é fundamental para produzir baterias utilizadas em veículos elétricos, por exemplo.
Central energética de hidrogênio
A produção de energia a partir de hidrogênio verde (ou sustentável) é um dos objetivos do governo de Portugal nos últimos anos e, para isso, uma central está em construção em Sines, no sudoeste do país.
O processo que utiliza hidrogênio para gerar energia é considerado sustentável porque não emite gases poluentes, como o gás carbônico, mas apenas vapor de água.
O projeto português para aumetar a criação de energia sustentável no país é ambiciosa e chegou a ser elogiada pela Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simson.
Composto por nove edifícios, um datacenter está sendo construído na região industrial de Sines e deve ser concluído em 2027. O campus de centros de dados será um dos maiores da Europa e terá capacidade de até 495 MW.
A empresa responsável pelo projeto, Start Campus, pretende instalar painéris solares para poder utilizar energia renovável para manter a estrutura operando. Além disso, os idealizadores do empreendimento desejam criar um projeto que viabilize o uso da água do mar para esfriar os servidores.
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G1 Mundo.
Por: G1
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