A igreja já conduz um processo de compensação a comunidades afetadas.
“Lamento profundamente. Chegou a hora de agir ante este passado vergonhoso”, declarou o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja anglicana.
O relatório divulgado nesta terça-feira dá continuidade às revelações de junho de 2022, segundo as quais o órgão “Church Commissioners” (“Comissários da Igreja”) tinha “vínculos históricos” com o comércio transatlântico de escravos.
Esta entidade foi criada com parte da doação proveniente de um fundo que remonta à rainha Ana em 1704, com o objetivo de ajudar os clérigos mais pobres.
O relatório revela que o fundo da rainha Ana investiu “quantias significativas” na South Sea Company, que comercializava escravos africanos. Além disso, também recebia doações de pessoas ligadas ao tráfico de escravos e à economia das “plantations”.
“O ‘Church Commissioners’ lamenta profundamente os vínculos de seus predecessores com o tráfico transatlântico de escravos”, afirmou a organização, em um comunicado, prometendo um fundo de 100 milhões de libras (cerca de R$ 635 milhões) nos próximos nove anos para “um futuro melhor e mais justo para todos”.
O dinheiro será destinado, em particular, para “comunidades afetadas pela escravidão”.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, durante cerimônia de pedido de desculpas pelo apoio da Holanda à escravidão, no Arquivo Nacional, em Haia, em 19 de dezembro de 2022. — Foto: Peter Dejong/ AP
“Durante séculos, o estado holandês e seus representantes permitiram e estimularam a escravidão e lucraram com isso”, admitiu o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.
O premiê anunciou ainda que seu governo estabelecerá um fundo para iniciativas que ajudarão a combater o legado da escravidão na Holanda e em suas ex-colônias.
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Por: G1
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