A Igreja New Life, em Minsk, Bielorrússia, encerrou suas atividades após ser declarada “extremista” pelo tribunal da cidade. Fundada em 1992, uma das mais bem-sucedidas igrejas pentecostais do país enfrentou crescente hostilidade do regime de Alexander Lukašėnka nos últimos anos.
Segundo Bitter Winter, a situação se agravou em 2020, quando o pastor Vyacheslav Goncharenko, líder da New Life, criticou as fraudulentas eleições presidenciais de 2020. Sua participação em eventos de oração pela Ucrânia e contra a participação da Bielorrússia na guerra também atraiu a ira do regime.
Sendo assim, o pastor Goncharenko foi preso diversas vezes. Assim, em agosto, a decisão judicial classificou postagens na internet, já removidas, como “extremistas”, resultando na proibição do site da New Life. Logo, em outubro de 2023, o Tribunal da Cidade de Minsk decretou a liquidação da igreja como “extremista”, decisão confirmada pelo Supremo Tribunal em dezembro.
Nesse sentido, com essa sentença, a New Life deixa de existir, e há temores de que outras igrejas enfrentem riscos semelhantes. O regime bielorrusso, seguindo a tendência russa, mostra influência de anti-sectaristas russos, como Alexander Novopashin, que rotulam igrejas pentecostais como “não cristãs” e “cultos” anti-russos, acusando-as de espionagem para governos ucranianos e americanos.
Por fim, a proibição da New Life não se limita às instalações físicas, uma vez que qualquer reunião de seus membros, mesmo em locais privados, pode resultar em prisões por atividades “extremistas”. Essa medida reforça a crescente repressão religiosa no país, alinhada à postura russa de considerar igrejas pentecostais como ameaças “anti-russas”.
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