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Irã diz que Israel matou 4 militares iranianos em ataque em Damasco, na Síria

today20 de janeiro de 2024 5

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A Guarda Revolucionária Iraniana, a força especial do Exército iraniano, disse que o ataque matou quatro membros das Forças Quds, a unidade de elite que era comandada por Qassem Soleimani, o general iraniano assassinado pelos Estados Unidos em 2020 (leia mais abaixo).

As Forças Quds operavam no prédio de Damasco, a capital síria, alvejado pelo ataque, ainda de acordo com o Irã. Entre os mortos, está o chefe da unidade de informação das forças, segundo a mídia estatal iraniana.

Israel não havia se pronunciou sobre o caso até a última atualização desta reportagem.



O episódio escala ainda mais a onda de conflitos no Oriente Médio que se espalhou pela região após o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023. Grupos rebeldes como o Hezbollah, do Líbano, e os Houthis, do Iêmen, tem feito ataques em apoio ao Hamas e em retaliação aos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza.

Todos eles são apoiados e financiados pelo Irã, que vem tentando demonstrar força e se firmar como potência regional. Nesta semana, forças iranianas fizeram ataques no Paquistão, no Iraque e na Síria. Segundo Teerã, foram bombardeadas bases de grupos que o país diz ter ligações com Israel.

A escalada dos ataques iranianos também acontecem após os Estados Unidos entrarem ativamente nos conflitos. Forças dos EUA já fizeram oito bombardeios contra bases dos Houthis, em retaliação aos ataques que o grupo tem feito a navios comerciais do Ocidente que passam pelo Mar Vermelho.

Nuvem de fumaça é vista em Damasco, na Síria, após bombardeio destruir um prédio e matar quatro militares da Guarda Revolucionária do Irã, segundo Teerã, em 20 de janeiro de 2024. — Foto: Reuters

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Na segunda-feira (15), o Irã lançou mísseis contra alvos na Síria e no Iraque, que seriam do serviço de inteligência de Israel.

Na terça-feira (16), os iranianos atacaram o Paquistão — cujo governo é apoiado pelos EUA. Os alvos foram bases do grupo rebelde Jaish al-Adl. O Irã alega que esse grupo é financiado por Israel.

Conflitos se espalham no Oriente Médio — Foto: Kayan Albertin/g1

Multidão acompanha cortejo com o corpo do general Qassem Soleimani, em Teerã, no Irã, nesta segunda-feira (6) — Foto: Atta Kenare / AFP

O nome de Qassem Soleimani, o general iraniano morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020, no Irã, também voltou à tona com a escalada de conflitos no Oriente Médio. Em janeiro, milhares de pessoas participavam de uma cerimônia pelos quatro anos da morte de Soleimani no Irã quando homens bombas se detonaram no meio da multidão.

Oitenta e quatro pessoas morreram, e os ataques, depois, foram reivindicados pelo Estado Islâmico. Apesar de também inimigo dos EUA, o Estado Islâmico, um grupo sunita, era um forte rival de Soleimani e atua no Irã contra o governo do país, que é xiita.

A morte de Soleimani, considerado um herói nacional no Irã, provocou uma onda de revolta no país contra os Estados Unidos.

Ele foi morto por um ataque com drones no aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, onde Soleimani estava, acompanhado de uma comitiva, em uma operação secreta ordenada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

À época, o Pentágono, que comandou o ataque, alegou que Soleimani estava por trás de mortes de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos.

Logo após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que “redobraria” a “resistência” contra os EUA e Israel. Desde então, o governo iraniano tem aumentado o apoio e o financiamento a grupos que atuam contra Israel, como o Hamas e o Hezbollah.

Quando morreu, Qassem Soleimani liderava havia 15 anos a Força Al Quds, a unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, e era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.

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