A irmã de Pelé, Maria Lúcia Nascimento, afirmou que o Rei do Futebol morreu “em paz”, e contou detalhes sobre a última conversa com ele, já no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (leia abaixo). Segundo ela, a mãe, Celeste Arantes, ainda não sabe sobre a morte do filho.
Maria Lúcia afirmou que, no último encontro com o irmão, que aconteceu pouco antes da morte, na última quinta-feira (29), Pelé parecia calmo. “Ele estava tranquilo, graças a Deus, acho que sabendo do processo, da caminhada dele”.
Falei: ‘logo eu volto’. E ele disse: ‘tá bom’. Então falei: ‘Fica com Deus’ e ele respondeu: ‘obrigado, vai com Deus’. Foi assim a última vez que eu falei com meu irmão.
— Maria Lúcia Nascimento, irmã de Pelé
Lutando contra um câncer no cólon desde o ano passado, o Rei do Futebol teve ‘o tempo de Deus’ para partir. Isso é o que crê a irmã. “Todos nós vamos um dia, mas ele teve o tempo de Deus para que quando fosse, fosse tranquilo e em paz, junto com os filhos e os netos”.
“Quando Deus chama, a gente deve estar preparado para dizer: chegou a minha hora”, disse Maria Lúcia.
Aos 78 anos, Maria Lúcia é a caçula da família. Para ela, não há palavras que descrevam como é ser irmã de Pelé. “Primeiramente sou irmã do Edson, Edson querido, de uma família unida. Ser irmã do Pelé é inexplicável, porque ele foi escolhido por Deus para representar o Pelé aqui na Terra”, declara.
Nascida em São Lourenço (MG), ela lembra que Pelé é conhecido como ‘Dico’ na família: “Minha avó paterna Ambrosina que deu esse apelido”.
Mãe de Pelé, Celeste Arantes mora em Santos (SP), ao lado da filha, Maria Lúcia — Foto: Nirley Sena/A Tribuna Jornal
Ela contou também que cresceu com os irmãos em Bauru (SP), rodeada de amigos. “Tivemos uma infância muito feliz, graças a Deus uma família unida, com muito respeito um pelo outro e uma educação que poucos tiveram”, ressalta.
De acordo com Lúcia, os pais Celeste e Dondinho jamais brigaram ou discutiram na frente dos filhos. A irmã relembra que a paixão do Atleta do Século 20 pelo futebol é de infância.
“Pelé levado, sempre estava na rua, jogando bola no campinho”, afirmou.
Apesar de não ser muito ligada ao mundo do futebol quando criança, ela diz que a família sempre acompanhou o Rei na carreira.
“Na Copa de 1958 eu estava com 13 anos e foi quando fui sentir o movimento dele nessa fase de jogador, que realmente nasceu pra isso”.
Lúcia se mudou para Santos no início da década de 1960, onde mora até hoje com a mãe Celeste. Questionada sobre como a matriarca recebeu a notícia da morte do filho, ela revelou para a reportagem que a mãe não está sabe da partida dele.
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