O jato executivo que caiu na Rússia, nesta quarta-feira (23), deixando dez mortos, é um jato fabricado pela Embraer, empresa brasileira de aviação, que tem sede em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava no voo. A informação é da agência russa de aviação, Rosaviatsia.
Segundo a agência Tass, ligada ao governo russo, o modelo do jato que caiu é um Legacy 600, que tem capacidade para transportar até 15 passageiros. O preço médio do Legacy 600 atualmente é de cerca de US$ 14 milhões, o que equivale a R$ 67,9 milhões.
Jato da Embraer que caiu na Rússia transporta até 15 passageiros e custa cerca de R$ 68 milhões. — Foto: Arte g1
O modelo é um jato executivo de pequeno a médio porte, que começou a ser produzido em 2002 pela Embraer. O bimotor tem uma envergadura de 21 metros e comprimento de 26 metros, atinge uma velocidade máxima de 870 km/h e alcance de 6.290 km.
O jato tem autonomia de fazer uma viagem de São Paulo (SP) a até Nassau, capital de Bahamas, ilha que fica na região do Caribe, por exemplo.
Legacy 650 da Embraer. — Foto: Divulgação
Desde 2010, a série evoluiu para o Legacy 650, com capacidade média para 15 passageiros, envergadura de 21,17 metros, comprimento de 26,3 metros e uma cabine que pode ser dividida em três zonas diferentes.
O Legacy 650 consegue transportar até 2.240 kg de carga e tem preço de mercado avaliado em US$ 26 milhões, o equivalente a cerca de R$ 149 milhões. O avião atinge até 987 km/h e conta com internet e serviço telefônico com cobertura global.
Com maior autonomia do que a versão anterior, o jato 650 tem alcance para viajar 7223 km. A distância corresponde a uma viagem de avião do Rio de Janeiro (RJ) para Orlando, nos Estados Unidos.
Legacy 650 da Embraer. — Foto: Reprodução
O Legacy 650E começou a ser fabricado pela Embraer em 2010, com foco no público executivo, oito anos após a chegada do Legacy 600 ao mercado.
Em 2020, no entanto, durante a pandemia a Embraer anunciou que deixaria de produzir os dois modelos. Na época, a empresa afirmou que focaria nos modelos mais novos, como Phenom e Praetor.
Por meio de nota, a Embraer informou que “tomou conhecimento do acidente ocorrido com o Legacy 600 hoje na Rússia, mas até o momento não tem maiores informações sobre o caso. A empresa tem cumprido as sanções internacionais impostas à Russia, levando à suspensão do serviço de suporte ao avião desde 2019.”
Já o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que cabe ao Estado em cujo território se deu um acidente aeronáutico instituir uma investigação sobre as circunstâncias da ocorrência, sendo, também, o responsável pela condução da investigação.
Ainda segundo o Cenipa, “compete à Interstate Aviation Committee – Commission on Accident Investigation (IAC), Agência Russa, reunir as informações preliminares oficiais e efetuar a comunicação ao órgão brasileiro de investigação de acidentes aeronáuticos e representante do Estado de projeto e fabricação das aeronaves produzidas pela EMBRAER, para o acompanhamento da ocorrência e a prestação de um eventual suporte técnico que aquela agência julgue necessário para a condução da investigação”.
Legacy 650 da Embraer. — Foto: Reprodução
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