Ele ficou com os olhos vermelhos e passou vários minutos no muro, com a testa tocando as pedras e os braços estendidos.
Javier Milei no Muro das Lamentações, em Jerusalém, em 6 de fevereiro de 2024 — Foto: AFP
O argentino também afirmou que tem planos para tirar a embaixada da Argentina da cidade de Tel Aviv e instalá-la em Jerusalém, que Israel considera sua capital.
A maioria dos países que têm embaixada em Israel escolheu Tel Aviv, porque Jerusalém Oriental é reivindicada pelos palestinos como a capital deles.
Milei afirmou que pretende mudar a embaixada assim que chegou a Israel: “Obviamente que é meu plano mudar a embaixada para Jerusalém Ocidental”, afirmou ele no aeroporto Bem Gurion, perto de Tel Aviv.
O Hamas afirmou que mudar a embaixada seria “um desrespeito aos direitos humanos do nosso povo palestino à sua terra, e uma violação às normas do direito internacional, considerando Jerusalém terra palestina ocupada”.
Se Milei cumprir sua promessa, a Argentina se tornaria um dos poucos países que têm sua principal missão diplomática em Jerusalém, ao invés de Tel Aviv.
Os Estados Unidos mudaram a sua para a cidade em 2018 sob a presidência do controverso Donald Trump após reconhecer a cidade como capital de Israel.
Nos últimos anos Milei se aproximou do judaísmo. A Argentina tem a maior comunidade judaica da América Latina.
Ele deve se reunir nesta terça-feira com o presidente Isaac Herzog e, na quarta-feira, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O argentino foi recebido no aeroporto pelo ministro israelense de Relações Exteriores, Israel Katz.
Essa é a segunda viagem ao exterior desde que ele assumiu a presidência, em dezembro. Milei afirmou que quer expressar seu apoio ao povo de Israel e defender o direito à legítima defesa do Estado israelense frente aos terroristas do Hamas.
Durante sua viagem, Milei terá encontros com empresários e rabinos, visitará o museu do Holocausto, Yad Vashem, e irá a um dos kibutz atacados pelos comandos do Hamas, que, em 7 de outubro, lançaram um ataque surpresa no sul de Israel que deixou 1.160 mortos.
As Nações Unidas concederam em 1947 um status internacional especial para Jerusalém dada a sua importância para judeus, cristãos e muçulmanos.
Mas a cidade ficou dividida depois da guerra que ocorreu após a criação do Estado de Israel em 1948.
O país tomou Jerusalém Oriental da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de junho de 1967 e depois a anexou, e considera toda a cidade como sua capital indivisível.
Jerusalém está sob autoridade israelense desde então, mas os palestinos reivindicam a parte oriental como capital de seu futuro Estado.
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Por: G1
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