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A jovem Fernanda Trajano Bogue, de 21 anos, aprovada em sete universidades internacionais, após cursar o Ensino Médio em uma escola da rede estadual paulista, completou seis meses como estudante na Coreia do Sul. Ao g1, ela revelou, nesta segunda-feira (23), já ter sofrido xenofobia [preconceito por ser estrangeira] no país e considera o idioma e o ‘choque cultural’ os maiores desafios enfrentados no período. “Às vezes, sinto que não sou muito bem-vinda”.
Fernanda estuda administração de empresas na SolBridge International School of Business, uma universidade em Daejeon, cidade localizada a aproximadamente 157 quilômetros de Seul, capital da Coreia do Sul. Apesar da satisfação com a instituição de ensino e o país em geral, ela contou que não se sente acolhida pelo povo coreano em determinados lugares.
“Às vezes, sinto que não sou muito bem-vinda no país. Gosto muito daqui em vários quesitos, como segurança, educação, facilidade de viajar, mistura do tradicional e moderno, além da tecnologia. Mas algo que me machuca é a xenofobia presente aqui. Existem bares, restaurantes e baladas que estrangeiros não podem entrar“, desabafou.
Ela considera o idioma um dos maiores desafios na adaptação. “Estou me esforçando todos os dias e tenho aulas de coreano na faculdade, como um dos requerimentos da graduação. Além disso, começarei a frequentar a Academia de Coreano a partir de março deste ano”.
Fernanda aponta também a culinária como um dos aspectos culturais coreanos mais diferentes dos brasileiros. “A comida daqui possui raízes muito diferentes, com os seus temperos e ingredientes. O que temos em comum é o consumo diário de arroz . A maioria dos pratos típicos são apimentados, algo que não estava acostumada [no Brasil], mas mudou depois de seis meses aqui”.
Fernanda Bogue completou seis meses de estudos em uma universidade da Coreia do Sul — Foto: Arquivo Pessoal
Dentro da sala de aula Fernanda classifica o ‘individualismo’ dos colegas o “maior choque” enfrentado até o momento. Segundo a brasileira, o comportamento se dá por conta de um ‘sistema de ranking’ feito pelas universidades com os próprios alunos, que interfere diretamente na bolsa de estudos.
“O maior choque foi ver como a educação é competitiva por aqui, algo que nunca experienciei antes. No Brasil, estava acostumada a ser amiga de todos, sempre nos ajudando nas lições de casa e fazendo sessões de estudos para as provas. Aqui, as pessoas normalmente se separam em grupos de estudo e não se misturam muito”, explicou a jovem.
Ela acrescentou que o comportamento é replicado pelos estudantes na tentativa de alcançarem um desempenho acadêmico melhor. “Apenas os ‘top 30%’ do curso podem tirar nota máxima, o que faz os alunos serem muito ativos nas discussões em sala de aula e mais individualistas em questão de prestar ajuda aos colegas de sala, uma vez que a bolsa de estudos depende diretamente da sua média de notas“.
Apesar dos desafios, Fernanda revelou ter encontrado em amigos – não coreanos – companhias para aproveitar o período de estudos no país.
“Compartilhamos nosso sentimento de saudade de casa, das nossas comidas típicas, choque cultural e as dificuldades de estar em um país novo. Tenho amigos da Indonésia, Rússia, Índia, Moçambique, México, e, apesar de todos sermos de culturas e continentes diferentes, juntos desbravamos a Coreia”, afirmou.
Para o futuro, a jovem planeja aprofundar seus conhecimentos na área [da administração de empresas] e, um dia, voltar para casa. “Estou certa de que desejo continuar viajando e conhecendo o mundo, fazer um mestrado para adquirir ainda mais conhecimento e poder trabalhar no Brasil, devolvendo tudo que aprendi na Coreia do Sul e no mundo, especialmente na questão de tecnologia para que nosso país se desenvolva”.
Jovem aprovada em sete universidades internacionais motiva alunos brasileiros
Fernanda concluiu o Ensino Médio em uma escola da rede estadual de São Paulo, em 2019, e passou a se dedicar ao sonho de cursar administração de empresas fora do Brasil. Aos 20 anos, ela foi aprovada em sete universidades internacionais, sendo cinco nos Estados Unidos e duas na Coreia do Sul.
A jovem recebeu, no último dia 7 de junho, a notícia de que havia ganhado uma vaga e uma bolsa de estudos de 80% no valor do curso na SolBridge International School of Business, onde estuda atualmente.
Por: G1
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