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Nas imagens, obtidas pelo g1 nesta sexta-feira (4), Adelso canta uma música relatando o episódio em que o PM e outro agente foram baleados na comunidade Vila Julia. Na letra, o jovem afirmou que os criminosos estavam “cheios de ódio” e também zombou dos policiais atingidos.
Se é apologia, eu vou mandar
Vou mandar, mando aí
Eu troco tiro com a Baep
E é sem medo de morrer
Aqui é o [nome da fação]
Eu sou do crime organizado
Pode descer lá, Rota
Da capital de São Paulo
Os ‘menor’ cheio de ódio
Com a 9 na cintura
Eu tava no horário
Do nada vira a viatura
Trocaria do c…
Eu vou contar pra vocês
Nós mandamos um montão
Baleamos…
Um ficou f…
E o que ‘deitou’ foi o Reis
Jovem que cantou música debochando da morte de PM da Rota é preso. Ao centro a foto do PM Patrick Bastos Reis, morto em 28 de julho. — Foto: Reprodução
O suspeito foi preso em flagrante em frente a um supermercado em Guarujá, após não ter sido encontrado em casa, na mesma cidade, para o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na quinta-feira (3). Segundo o delegado Fabiano Barbeiro, da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, o celular em que Adelso gravou o vídeo foi apreendido.
Em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada à Globo, o advogado que representa Adelso, Silvano José de Almeida, disse que o suspeito estava alcoolizado durante a gravação do vídeo e discordou da prisão em flagrante por associação ao tráfico.
“Ele não faz parte de organização criminosa e não estava presente no dia dos fatos que vitimaram lamentavelmente o policial militar. Está arrependido”, complementou o advogado.
O que se sabe sobre a morte de um policial da Rota em Guarujá e da Operação Escudo
O soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia em Guarujá, na quinta-feira (27). A morte dele foi confirmada no mesmo dia. Além dele, um outro policial foi baleado na mão esquerda, encaminhado para o Hospital Santo Amaro e liberado.
Após o caso, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pela ação contra os agentes.
Na segunda-feira (31), Erickson foi encaminhado ao Fórum de Santos, onde passou por audiência de custódia, que começou por volta das 10h. A Justiça definiu que a prisão temporária foi mantida por 30 dias.
Erickson David da Silva é um dos apontados como responsáveis pelos disparos contra o PM em Guarujá (SP). — Foto: Reprodução
Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da TV Globo, o advogado do Wilton Felix disse que suspeito se diz inocente e estava na comunidade em Guarujá, para comprar drogas. “Ele [Erickson] alega e atesta que não participou do evento morte. Na fatalidade, ele estava comprando droga, por fazer uso de entorpecentes, quando ouviu vários tiros e no pavor da situação, ele fugiu do local”, explicou Felix.
Ainda segundo o advogado, imagens do suspeito foram vinculadas como sendo o principal suspeito de ter realizado o disparo de ter matado o policial. “Ele ficou com receio e foi para outra cidade, sendo hoje (domingo), de livre e espontânea vontade, se integrou as autoridades, na Corregedoria da Polícia, mostrando que acredita que ele foi vítima de uma injustiça”, disse o advogado.
Suspeito de matar policial do ROTA pede para Tarcísio ‘parar de matar inocentes’
Em vídeo gravado antes de ser preso, o suspeito afirma, em relato direcionado ao governador de SP e ao secretário de Segurança Pública, que estão “matando uma ‘pá’ de gente inocente”. Ele diz não ter nada a ver com o caso, mas que vai se entregar. Erickson diz ainda que estão “querendo pegar” sua família (veja o vídeo acima).
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (31) que o vídeo gravado pelo suspeito foi “uma estratégia do crime organizado”.
“A verdade é que esse vídeo que ele fez, orientado pelos seus defensores, inclusive tem áudio do advogado o orientando a fazer esse vídeo, se os senhores ainda não possuem, ao longo das investigações vão tomar conhecimento disso, é uma estratégia do crime organizado, inclusive de cooptar moradores, de cooptar pessoas das comunidades que também são vítimas do tráfico organizado apresentando versões”, afirmou.
Até a última atualização desta reportagem, SSP-SP confirmou que o número de mortes subiu para 16 durante a Operação Escudo realizada em Guarujá (SP). A ação da polícia começou, na última sexta-feira (28) após execução de PM da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) durante patrulhamento na região.
Governador Tarcísio de Freitas durante coletiva sobre operações na Baixada Santista e Centro de SP — Foto: Governo de SP
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, anunciaram aumento do efetivo policial e uma nova unidade em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Segundo o governador, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.
De acordo com Tarcísio, a Operação Escudo vai continuar na Baixada Santista por pelo menos 30 dias. Além disso, o governador ainda prometeu novas ações na região.
“Nós vamos levar para a Baixada Santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar. Nós devemos ter mais uma unidade da Polícia na Baixada para aumentar o efetivo e responder o anseio da Baixada”, disse Tarcísio.
Por: G1
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