Julgamento de segurança e dono de casa noturna onde jovem foi espancado e morto acontece no litoral de SP

Vitor era proprietário do espaço, enquanto Sammy atuava como segurança. O julgamento dos dois estava marcado para as 10h do dia 26 de setembro, também no Fórum de Santos, mas foi adiado para os dias 6 e 7 de novembro. As agressões foram motivadas por uma diferença de R$ 15 na comanda da vítima.

À época com 21 anos, Lucas desmaiou após ser agredido dentro e fora do estabelecimento. Além de Vitor e Sammy, houve outros dois envolvidos: os seguranças Thiago Ozarias Souza e Anderson Luiz Pereira Brito, que morreu em 2021.

O g1 entrou em contato com a defesa dos réus Vitor e Sammy sobre o julgamento desta segunda-feira, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi agredido até desmaiar após uma confusão dentro e fora da casa noturna Baccará Backstage. Ao g1, o pai da vítima, Isaías de Paula, contou que amigos que estavam com o filho relataram que ele foi ao caixa para pagar a conta e questionou a cobrança de R$ 15 a mais.

Estudante do último semestre de Engenharia, Lucas foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e depois à Santa Casa de Santos. Apesar dos esforços médicos, ele não demonstrou resposta neurológica e morreu após 22 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Inicialmente, a defesa da casa noturna negou que os funcionários tivessem participado das agressões. Mais tarde, admitiu o envolvimento dos seguranças.

Thiago, apontado como o principal agressor no caso Baccará, foi o primeiro réu a ser julgado, no dia 20 de setembro deste ano. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e sem chance de defesa da vítima –, e condenado a 18 anos de prisão.

Em entrevista à TV Globo, o advogado de defesa de Thiago, Renato Capusso Velloso, revelou que as partes trabalharão para diminuir a pena dele. Já o assistente de acusação, Armando de Mattos Junior, afirmou, na época, que os trâmites administrativos podem ser levados ao Tribunal de Justiça para aumento da pena caso a proposta seja acatada pelo Ministério Público e a família da vítima.

O segurança Anderson Luiz Pereira Brito, que ficou foragido, morreu em 2021 em Itapetininga, no interior de São Paulo. Com a condenação de Thiago, o julgamento de Vitor e Sammy ficou pendente.