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Justiça manda prender policial militar acusado de executar MC Primo

today17 de dezembro de 2022 9

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A Justiça de São Paulo decretou, nesta sexta-feira (16), a prisão preventiva do policial militar Anderson de Oliveira Freitas, de 39 anos, acusado de matar a tiros o cantor MC Primo, em 19 de abril de 2012. O crime ocorreu em frente à casa onde o funkeiro morava, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente, no litoral de São Paulo.

De acordo com o documento, obtido pelo g1, é descrito que Anderson de Oliveira Freitas foi visto cumprimentando MC Primo horas antes do crime, em São Vicente. Além disso, ele foi apontado como participante da execução por uma testemunha sigilosa.

Conforme relatado na decisão judicial, o policial militar, em depoimento à corporação, negou qualquer participação no crime e “nada mencionou sobre a arma de fogo [estar com ele na data do crime]”.



Mais de dez anos após morte de MC Primo, perícia aponta que projétil foi disparado de pistola que pertencia a Polícia Militar de SP — Foto: Reprodução

“Portanto, evidencia-se que Anderson, no mínimo, omitiu-se em esclarecer a situação envolvendo o armamento com carga a ele e o homicídio em tela quando prestou seu depoimento perante a Autoridade Policial. Nessa oportunidade, negou qualquer ligação com o crime”, escreveu o juiz Alexandre Torres de Aguiar, no citado documento.

Na decisão, o juiz cita que o agente “dissimulou sua participação no grave crime”, fato que, ainda de acordo com o magistrado, prejudicou as investigações.

Para o juiz Alexandre, o PM demonstrou “frieza” e que não mediria esforços para tentar se isentar de sua eventual responsabilidade pelo crime.

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) e a Polícia Militar (PM), em busca de informações sobre a execução do pedido de prisão temporária de Anderson, mas não obteve um retorno até a última atualização desta matéria.

MC Primo foi abordado por criminosos em uma motocicleta e em um carro branco quando chegava em casa, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente. Antes de um homem encapuzado, segundo a investigação, ter efetuado os 11 disparos contra a vítima, ela pediu para que a mulher e os dois filhos entrassem rapidamente em casa.

À época, o Instituto Médico Legal (IML) informou que o corpo do funkeiro tinha quatro perfurações no tórax, duas na coxa direita, uma no ombro, três nas costas e um no punho esquerdo.

Dez anos após morte do MC Primo, Justiça decreta prisão preventiva de policial militar acusado de matar o artista — Foto: Reprodução

Conforme apurado pela reportagem, o MPSP teria encaminhado a denúncia e o pedido de prisão preventiva de um policial militar suspeito de ser o autor dos disparos ao TJSP em novembro desde ano.

Procurado, o TJSP confirmou ter localizado o processo, mas que este tramita em segredo de Justiça e sob sigilo externo. A entidade disse apenas que um magistrado apreciará o caso.

Em nota, a Polícia Militar esclareceu que “não é de competência da instituição quaisquer manifestações sobre ações do Ministério Público, tampouco decisões judiciais”.

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) e foi informado de que o caso de MC Primo foi investigado pelo 2º Distrito Policial (DP) de São Vicente e encaminhado ao Poder Judiciário em maio de 2017.

MC Primo (à esq) ao lado do pai, Cícero Lurdes de Almeida, e da mãe, Maria Silene Almeida — Foto: Arquivo pessoal

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Por: G1

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