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Justiça nega pedido da Polícia Civil para usar carro de luxo da ‘Japa do Crime’; entenda

today8 de abril de 2024 3

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A decisão é da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo. No documento, o juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner concordou com a manifestação do Ministério Público do estado (MP-SP) sobre a não permissão para a utilização do carro pela Polícia Civil.

O magistrado citou que, embora possível, o uso do veículo apreendido para o desempenho das atividades policiais não é das alternativas a que “melhor atenda ao interesse público”.

O juiz acrescentou que o carro da ‘Japa’, por ser de luxo e “chamar mais a atenção”, deixa ser a melhor opção para o uso como viatura descaracterizada.



Além disso, Kellner citou que “não parece ser apropriada” a utilização de um veículo de alto valor “voltado ao mero transporte dos agentes de segurança pública”.

Por fim, o magistrado considerou ser mais apropriada aalienação antecipada” [venda de bens frutos de apreensões] do carro antes do término da ação penal. Assim, o valor ficaria depositado em conta vinculada ao juízo até a decisão final do processo e, no caso absolvição, será devolvido à acusada.

Apartamento de luxo da ‘Japa’

Veja closet da 'Japa do crime' no apartamento onde ela foi presa

Veja closet da ‘Japa do crime’ no apartamento onde ela foi presa

O apartamento fica no bairro Tatuapé, na capital paulista. Além da residência em que ela morava, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca em uma casa em Bertioga (SP) e um escritório virtual, que seria utilizado para fazer os acordos de lavagem de dinheiro.

Conforme apurado pelo g1, a ‘Japa do Crime’ é formada em enfermagem, embora trabalhasse ultimamente como empresária no ramo de beleza.

Conhecida como ‘Japa do crime’, Karen tem um closet repleto de peças — Foto: g1 Santos

Nas imagens do apartamento, é possível ver um closet repleto de roupas, dezenas de sapatos e sacolas de grife (veja o vídeo acima).

Outros registros do imóvel mostram diversos cômodos luxuosos, como a varanda com um enorme lustre, além de uma churrasqueira e uma mesa com oito cadeiras. Também é possível ver uma escada e parte da cozinha com decoração na cor cinza.

Imagem mostra parte da cozinha do apartamento da ‘Japa do crime’ — Foto: g1 Santos

No apartamento no bairro Tatuapé, Karen também mantinha um espaço com diversos artigos religiosos, como um terço e imagens das religiões católica e hindu (veja abaixo).

Varanda e espaço com artigos religiosos na casa da ‘Japa do crime’ — Foto: g1 Santos

Karen de Moura Tanaka Moris tem 37 anos e é formada em enfermagem, mas trabalhou recentemente como empresária no ramo de beleza. Ela é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o ‘Cabelo Duro’, um dos chefes da organização executado a tiros em 2018.

Antes dos comércios, Karen chegou a trabalhar na enfermagem. “É formada em grau superior, pós-graduada e trabalhou durante muitos anos, mas abandonou a área para se tornar empresária do ramo de beleza”, esclareceu o defensor.

João Armôa ainda esclareceu que a mulher nasceu em Santos, mas não tem vínculo com a Baixada Santista desde que se formou na faculdade em 2008, pois constituiu a vida na capital.

A residência em Bertioga, que foi alvo de mandado de busca, é de veraneio. “É uma casa alugada, de veraneio”, afirmou o advogado.

Ela tem um único filho, que é menor de idade. O pai é Wagner Ferreira da Silva, mas a defesa de Karen garante que a mulher não tinha conhecimento das atividades ilícitas praticadas pelo homem até a morte dele em 2018.

Karen de Moura Tanaka Moris é viúva de Wagner Ferreira da Silva — Foto: Divulgação/Polícia Civil e Reprodução

Wagner também era conhecido como Waguininho e Magrelo. Ele é suspeito de participar de roubos em marinas de luxo no litoral paulista e do assassinato de um policial militar. A polícia apura se Wagner desviou dinheiro ou estaria envolvido nos assassinatos de outros dois membros da facção: Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.

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